Bloqueio da MT-170 Pode chegar ao fim neste sábado
Farão parte da comitiva os secretários João Malheiros (Casa Civil), Luís Henrique Daldegan (Meio Ambiente), coronel PM Orestes de Oliveira (Casa Militar), Antônio Kato (adjunto da Casa Civil), o superintendente dos Assuntos indígenas, Rômulo Vandoni, o procurador da República Mário Lúcio Avelar e um representante da Fundação Nacional do Índio (Funai).
“Isso demonstra a boa vontade do Governo do Estado. O governador Blairo Maggi determinou a ida de uma equipe do governo até o local para conversar com os líderes indígenas e juntos buscar um entendimento”, disse o secretário-adjunto da Casa Civil, Antônio Kato.
Embora a responsabilidade seja federal, visto que os índios estão sob a tutela do Funai, o Governo do Estado já está tomando providências para que a rodovia seja desobstruída. Mais de 200 índios participam do bloqueio que foi montado desde a madrugada de ontem (31) na ponte sobre o rio Juruena, entre os dois municípios.
“Esperamos a qualquer momento uma resposta da Casa Civil e do Ministério da Justiça”, disse Antônio Kato. Ontem mesmo foi enviado um oficio para a ministra Dilma Roussef (Casa Civil da Presidência) e o ministro Tarso Genro (Justiça). O presidente da Funai, Márcio Meira, também foi comunicado oficialmente e deve anunciar uma saída para resolver a situação.
Os índios de várias etnias, como kayabi, mykys, manoki, erikbaksta, irantxa, kawahiva e cinta-larga, bloquearam a estrada para pressionar o Governo Federal. Entre as reivindicações apresentadas estão a demarcação de uma área indígena na região, a instalação da administração regional da Funai em Juína, a aplicação de 40% dos recursos do ICMS ecológico nas reservas indígenas e um estudo dos impactos ambientais causados pelas rodovias MT-170 e BR-174.
De acordo com o tenente-coronel Ricardo Almeida Gil, comandante do 8º Comando Regional da Polícia Militar, sediado em Juína, hoje os caminhoneiros resolveram também fazer um protesto em Brasnorte e bloquearam a rodovia impedindo a passagem de ônibus, ambulâncias, carros de passeio e viaturas oficiais. É uma forma de pressão sobre o Governo Federal, para que as autoridades negociem o fim do bloqueio.
O secretário-adjunto Antônio Kato reiterou que o Governo do Estado está ciente dos prejuízos econômicos que o bloqueio está trazendo para a região. Por isso, trabalha em conjunto com o Ministério Público e a Advocacia Geral da União para que a rodovia seja liberada o mais rápido possível. “Também estão em contato com o Governo do Estado lideranças locais, como vereadores e prefeitos, para buscarmos uma solução”, disse Antônio Kato.
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