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EUA pedem mais ajuda no Afeganistão e criticam Irã e China
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, pediu hoje aos países da Ásia mais ajuda no Afeganistão e maior cooperação contra o terrorismo, enquanto criticava a China pela "falta de transparência" de seu orçamento militar.
Em seu discurso na conferência anual sobre a segurança na região Ásia-Pacífico, em Cingapura, Gates disse que os países asiáticos podem ajudar o Afeganistão na luta contra o narcotráfico e na reconstrução do Estado.
Ao analisar a situação do Afeganistão, o secretário de Defesa afirmou que, apesar da presença das forças armadas dos EUA e seus aliados da Otan, "são necessários mais 2.300 militares para ajudar a formar o Exército afegão".
Já há no Afeganistão duas forças internacionais, uma sob comando da Otan e outra chefiada pelos EUA, com um total de quase 50 mil homens. Mas a maioria se dedica a operações de segurança e antiterroristas, e não à formação de militares afegãos.
O chefe do Pentágono aproveitou a ocasião para avisar que o programa nuclear do Irã é uma ameaça à Europa e à Ásia. Ele pediu à comunidade internacional maior pressão sobre o regime iraniano para que abandone seu programa nuclear.
"Deve haver unanimidade na comunidade internacional, e especialmente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em termos de aumentar a pressão sobre os iranianos já", opinou.
"Acho que todos nós nesta sala queremos uma solução diplomática para o problema. A via militar não interessa a ninguém", acrescentou.
Segundo o secretário de Defesa, os serviços de inteligência americanos acham que o Irã até 2015 terá capacidade tecnológica para desenvolver uma bomba atômica. Mas "há quem acredite que será muito mais cedo, em 2008 ou 2009", observou.
Além disso, ele comentou a preocupação dos EUA com a despesa militar da China e os programas de modernização das forças armadas chinesas.
"A desconfiança e o sigilo podem levar a um erro de cálculo e a um confronto", destacou.
Segundo um relatório do Pentágono, o orçamento militar da China é de US$ 125 bilhões, quase o triplo do declarado oficialmente pelo Governo chinês.
Em março, Pequim anunciou que em 2007 seu orçamento militar aumentaria 17,8%, até US$ 45 bilhões.
Os comentários de Gates provocaram uma rápida reação do chefe delegação e segundo em comando do Estado-Maior do Exército de Popular de Libertação, general Zhang Quinheng. Ele disse que o orçamento de defesa anunciado é "autêntico e certo".
Zhang é o militar de mais alta patente enviado pela China à reunião desde a sua primeira edição, em 2002.
Ele anunciou em seu discurso que o alto comando do Exército pretende estabelecer uma linha direta de comunicação com o Departamento de Defesa americano a fim de melhorar as relações bilaterais.
O general chinês ressaltou que o aumento da despesa em defesa tem como principais objetivos melhorar a logística e intendência militar e elevar a capacidade de reação das tropas nas fronteiras.
A despesa "é pequena considerando-se as múltiplas ameaças contra a segurança, o ambiente geopolítico, o tamanho do território e a renda per capita", disse Zhang.
Em seu discurso na conferência anual sobre a segurança na região Ásia-Pacífico, em Cingapura, Gates disse que os países asiáticos podem ajudar o Afeganistão na luta contra o narcotráfico e na reconstrução do Estado.
Ao analisar a situação do Afeganistão, o secretário de Defesa afirmou que, apesar da presença das forças armadas dos EUA e seus aliados da Otan, "são necessários mais 2.300 militares para ajudar a formar o Exército afegão".
Já há no Afeganistão duas forças internacionais, uma sob comando da Otan e outra chefiada pelos EUA, com um total de quase 50 mil homens. Mas a maioria se dedica a operações de segurança e antiterroristas, e não à formação de militares afegãos.
O chefe do Pentágono aproveitou a ocasião para avisar que o programa nuclear do Irã é uma ameaça à Europa e à Ásia. Ele pediu à comunidade internacional maior pressão sobre o regime iraniano para que abandone seu programa nuclear.
"Deve haver unanimidade na comunidade internacional, e especialmente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em termos de aumentar a pressão sobre os iranianos já", opinou.
"Acho que todos nós nesta sala queremos uma solução diplomática para o problema. A via militar não interessa a ninguém", acrescentou.
Segundo o secretário de Defesa, os serviços de inteligência americanos acham que o Irã até 2015 terá capacidade tecnológica para desenvolver uma bomba atômica. Mas "há quem acredite que será muito mais cedo, em 2008 ou 2009", observou.
Além disso, ele comentou a preocupação dos EUA com a despesa militar da China e os programas de modernização das forças armadas chinesas.
"A desconfiança e o sigilo podem levar a um erro de cálculo e a um confronto", destacou.
Segundo um relatório do Pentágono, o orçamento militar da China é de US$ 125 bilhões, quase o triplo do declarado oficialmente pelo Governo chinês.
Em março, Pequim anunciou que em 2007 seu orçamento militar aumentaria 17,8%, até US$ 45 bilhões.
Os comentários de Gates provocaram uma rápida reação do chefe delegação e segundo em comando do Estado-Maior do Exército de Popular de Libertação, general Zhang Quinheng. Ele disse que o orçamento de defesa anunciado é "autêntico e certo".
Zhang é o militar de mais alta patente enviado pela China à reunião desde a sua primeira edição, em 2002.
Ele anunciou em seu discurso que o alto comando do Exército pretende estabelecer uma linha direta de comunicação com o Departamento de Defesa americano a fim de melhorar as relações bilaterais.
O general chinês ressaltou que o aumento da despesa em defesa tem como principais objetivos melhorar a logística e intendência militar e elevar a capacidade de reação das tropas nas fronteiras.
A despesa "é pequena considerando-se as múltiplas ameaças contra a segurança, o ambiente geopolítico, o tamanho do território e a renda per capita", disse Zhang.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224064/visualizar/
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