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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 05:10

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O secretário-geral da Comunidade Andina (CAN), Fredy Elhers, disse hoje que o bloco "esgotará todas as possibilidades" de negociação com a União Européia (UE) apesar das divergências entre seus membros sobre a possibilidade de um acordo comercial.

Em entrevista à Efe, Elhers disse que "nenhum país disse que não quer negociar". Mas reconheceu que "há visões distintas, que complicam um acordo final".

O equatoriano Elhers explicava assim a situação na qual se encontra a CAN, formada por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O presidente boliviano, Evo Morales, vetou esta semana o início das negociações com a UE para a assinatura de um acordo comercial, rejeitando a inclusão de um Tratado de Livre-Comércio (TLC).

O secretário-geral quis minimizar a crise na organização. Para ele, "quando se tem que negociar em conjunto o fato se complica, fica mais complexo e difícil".

Ele se mostrou otimista, sem negar que "é difícil prever o que vai acontecer", mas insistindo que "a vontade dos países andinos é seguir negociando".

Peru e Colômbia querem o acordo com a UE. O Governo do Equador tem adotado uma postura ambígua nas suas declarações públicas e a Bolívia travou a negociação.

Elhers está confiante nos resultados da cúpula de presidentes andinos, na cidade boliviana de Tarija, de 12 a 14 de junho. Ele está certo de que prevalecerá "o ânimo de fortalecer a CAN" e haverá "avanços na consolidação do bloco".

Para o secretário-geral da CAN, a atual crise não levará a uma ruptura do bloco. "Ninguém pode dizer que a União Européia vai acabar porque a Constituição não foi aprovada", comparou.

"Não se pode dizer a cada tropeço que vai acabar a Comunidade Andina. Todos os anos dizem isso e temos 38 anos", lembrou.

Em abril de 2006 o bloco viveu um dos piores momentos de sua história, quando foi abandonado pela Venezuela. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou a declarar que a CAN estava morta.





Fonte: EFE

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