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Ministro Gilmar Mendes critica Estado policial e o compara com KGB
Sem mencionar diretamente a Polícia Federal, o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), criticou na noite desta sexta-feira o Estado policial. Na avaliação do ministro, se os órgãos policiais começarem a discutir ordem judicial, o Brasil terá um outro modelo de Estado de Direito que não o previsto na Constituição Federal.
"Se a polícia começa a decidir quem ela prende e quem ela solta, na verdade, nós estamos num outro modelo que não é o modelo do Estado de Direito. Pelo menos não esse modelo da Constituição", afirmou Mendes, antes de ministrar palestra aos alunos da Unip (Universidade Paulista), em São Paulo.
Na semana passada, o ministro criticou duramente a ação da PF ao classificar como "canalhice" o vazamento de informações do inquérito da Operação Navalha que tramitava em segredo. Na ocasião, ele responsabilizou o ministro Tarso Genro (Justiça) pelo vazamento de informações e disse que o país estava ingressando num Estado policial.
O desabafo de Mendes foi motivado pela informação de que seu nome teria aparecido em uma suposta lista da PF entre os acusados de receber "mimos e brindes" da empresa Gautama --apontada como a coordenadora da suposta máfia das obras. Na verdade, se tratava de um homônimo do ministro.
Hoje em São Paulo, o ministro ressaltou que a Polícia Federal brasileira tem um comando administrativo, mas que exerce a função de polícia judiciária da União. "Ela [Polícia Federal] exerce uma função determinada pela Justiça, pelo menos é isso que se pressupõe", disse.
Depois, insistiu na questão sobre o "Estado Policial", mas de forma "abstrata", ou seja, sem citar nenhum caso ou ação específica.
"Se a polícia se autonomiza e passa a questionar ordens e decisões judiciais, nós entramos em outro modelo, e eu estou falando em abstrato. E aí os senhores conhecem a KGB [da antiga União Soviética] e a Gestapo [do antigo regime nazista] que são modelos clássicos de Estado policial", afirmou.
E finalizou com um alerta: "e aí a gente sabe bem como isso começa e como isso termina".
"Se a polícia começa a decidir quem ela prende e quem ela solta, na verdade, nós estamos num outro modelo que não é o modelo do Estado de Direito. Pelo menos não esse modelo da Constituição", afirmou Mendes, antes de ministrar palestra aos alunos da Unip (Universidade Paulista), em São Paulo.
Na semana passada, o ministro criticou duramente a ação da PF ao classificar como "canalhice" o vazamento de informações do inquérito da Operação Navalha que tramitava em segredo. Na ocasião, ele responsabilizou o ministro Tarso Genro (Justiça) pelo vazamento de informações e disse que o país estava ingressando num Estado policial.
O desabafo de Mendes foi motivado pela informação de que seu nome teria aparecido em uma suposta lista da PF entre os acusados de receber "mimos e brindes" da empresa Gautama --apontada como a coordenadora da suposta máfia das obras. Na verdade, se tratava de um homônimo do ministro.
Hoje em São Paulo, o ministro ressaltou que a Polícia Federal brasileira tem um comando administrativo, mas que exerce a função de polícia judiciária da União. "Ela [Polícia Federal] exerce uma função determinada pela Justiça, pelo menos é isso que se pressupõe", disse.
Depois, insistiu na questão sobre o "Estado Policial", mas de forma "abstrata", ou seja, sem citar nenhum caso ou ação específica.
"Se a polícia se autonomiza e passa a questionar ordens e decisões judiciais, nós entramos em outro modelo, e eu estou falando em abstrato. E aí os senhores conhecem a KGB [da antiga União Soviética] e a Gestapo [do antigo regime nazista] que são modelos clássicos de Estado policial", afirmou.
E finalizou com um alerta: "e aí a gente sabe bem como isso começa e como isso termina".
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224106/visualizar/
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