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Tiroteio entre facções causa pânico nos morradores do Leme
RIO - Um intenso confronto entre traficantes no Morro Chapéu Mangueira, com balas traçantes e explosões de granada, aterrorizou os moradores do Leme, bairro residencial da zona sul do Rio, conhecido pela tranqüilidade. Desde a madrugada de terça-feira, facções rivais têm se enfrentado pelo controle do tráfico de drogas na comunidade. Não há informações sobre feridos.
À tarde, homens do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão Florestal subiram o morro, mas não houve confrontos.
Moradores da Rua General Ribeiro da Costa, que fica junto ao morro e é paralela à Avenida Atlântica, ouviram tiros esparsos por volta das 2 horas. A partir de 4h50 o confronto se intensificou e durou cerca de 40 minutos.
"Acordei com os tiros. Do quarto minha mãe ouvia gente gritando: `corre, o bicho tá pegando´. Comecei a chorar, mas minha mãe disse que era para eu ficar deitada, porque era perigoso andar pela casa", contou a menina Raíssa Marinho, de 10 anos. "Nunca tinha ouvido tiroteio antes. Fiquei com muito medo. Minha mãe disse que a gente vai viajar porque está perigoso ficar em casa no fim de semana".
O empresário Sebastian Archer, 50 anos, tirou as duas filhas, de 7 e 9 anos, do quarto, assim que o confronto se intensificou. "Dormimos todos na sala de televisão, que é mais protegida. Pago R$ 3.700 de IPTU e não tenho direito de passar a noite no quarto porque um garoto de 25 anos resolveu trocar tiros e a polícia não sabe como impedir", reclamou.
Controle do tráfico
Segundo informações da Polícia Civil, traficantes da facção Amigo dos Amigos tomaram o controle da venda de drogas no morro na madrugada de terça-feira. Nesta sexta-feira, os antigos chefes, ligados ao Comando Vermelho, tentaram retomar os pontos. Não conseguiram.
"A facção estava muito dividida. Vários elementos já haviam virado a casaca (passaram-se para a ADA) e estavam subindo o morro com armas e munições. O invasor só precisou ir com pouca gente", afirmou o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame. Segundo ele, a situação está controlada e o policiamento nos acessos à favela está reforçado.
Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, os confrontos são uma tentativa do tráfico de tirar o foco das ações policiais no Complexo do Alemão, que já duram 32 dias.
"Talvez estejam acusando o golpe numa área de interesse e estão criando fatos em outros (locais) para dispersar o esforço do Estado. Mas o Estado, independentemente da estratégia dos criminosos, tem de proteger os cidadãos que não podem conviver com os tiroteios", afirmou.
À tarde, homens do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão Florestal subiram o morro, mas não houve confrontos.
Moradores da Rua General Ribeiro da Costa, que fica junto ao morro e é paralela à Avenida Atlântica, ouviram tiros esparsos por volta das 2 horas. A partir de 4h50 o confronto se intensificou e durou cerca de 40 minutos.
"Acordei com os tiros. Do quarto minha mãe ouvia gente gritando: `corre, o bicho tá pegando´. Comecei a chorar, mas minha mãe disse que era para eu ficar deitada, porque era perigoso andar pela casa", contou a menina Raíssa Marinho, de 10 anos. "Nunca tinha ouvido tiroteio antes. Fiquei com muito medo. Minha mãe disse que a gente vai viajar porque está perigoso ficar em casa no fim de semana".
O empresário Sebastian Archer, 50 anos, tirou as duas filhas, de 7 e 9 anos, do quarto, assim que o confronto se intensificou. "Dormimos todos na sala de televisão, que é mais protegida. Pago R$ 3.700 de IPTU e não tenho direito de passar a noite no quarto porque um garoto de 25 anos resolveu trocar tiros e a polícia não sabe como impedir", reclamou.
Controle do tráfico
Segundo informações da Polícia Civil, traficantes da facção Amigo dos Amigos tomaram o controle da venda de drogas no morro na madrugada de terça-feira. Nesta sexta-feira, os antigos chefes, ligados ao Comando Vermelho, tentaram retomar os pontos. Não conseguiram.
"A facção estava muito dividida. Vários elementos já haviam virado a casaca (passaram-se para a ADA) e estavam subindo o morro com armas e munições. O invasor só precisou ir com pouca gente", afirmou o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame. Segundo ele, a situação está controlada e o policiamento nos acessos à favela está reforçado.
Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, os confrontos são uma tentativa do tráfico de tirar o foco das ações policiais no Complexo do Alemão, que já duram 32 dias.
"Talvez estejam acusando o golpe numa área de interesse e estão criando fatos em outros (locais) para dispersar o esforço do Estado. Mas o Estado, independentemente da estratégia dos criminosos, tem de proteger os cidadãos que não podem conviver com os tiroteios", afirmou.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224152/visualizar/
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