Agência alerta sobre regras impostas pelo FCO
Pela decisão do Condel, a operação, uma vez aprovada, será amparada pelo fundo de aval da ordem de 10% do limite global. A MT Fomento teria que suportar todos os riscos. O diretor-presidente da Agência, Eder Moraes Dias, pede cautela quanto à possibilidade do repasse dos recursos do FCO. "Em princípio, parece ser um excelente negócio, entretanto, na área financeira, um passo mal dado pode significar um tombo irreparável mais na frente".
De acordo com Eder, não é interessante para a MT Fomento ter que responder por todo o risco operacional e os prováveis insucessos de algumas operações. Ele observa que a rentabilidade é muito baixa e o risco extremamente alto, além de se tratar de operações de longo prazo.
O Banco do Brasil sugeriu ao Estado criar o crédito da seguinte forma: para cada R$1 depositado, o BB coloca R$10 de limite. O governador Blairo Maggi se reuniu com Eder, que o convenceu de que a MT Fomento ficaria sem garantias nos outros 90%, já que no vencimento das parcelas dos emprestimos o BB debita incondicionalmente as parcelas para a Agência Estadual. "Não temos estrutura de capital para fazer frente a um risco desta natureza, sob pena de sermos taxados pelo Banco Central como gestão temerária". Estamos abertos para uma proposta que seja factível e que não nos penalize", conclui Eder.
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