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Nigéria julga farmacêutica por testar remédio sem avisar pacientes
A farmacêutica Pfizer vai sentar no banco dos réus na Nigéria em um julgamento marcado para o mês que vem. O grupo será julgado por testar um antibiótico contra meningite em crianças sem avisar os pacientes nem os responsáveis. A notícia é destaque da edição desta quinta-feira do jornal britânico "The Independent".
A reportagem diz que a Pfizer transformou crianças em "cobaias", aproveitando uma epidemia da doença há mais de uma década. O episódio inspirou o livro do escritor John Le Carré "O Jardineiro Fiel", adaptado para o cinema pelo cineasta brasileiro Fernando Meireles.
Segundo o "Independent", o julgamento já desperta a ira da população local, que não confia mais no governo nigeriano para imunizar as crianças contra a poliomielite. O jornal classifica o caso como um exemplo de pesquisa científica "chocantemente desviada".
Autoridades nigerianas, citadas pela reportagem, dizem que a Pfizer escolheu 200 crianças com meningite num acampamento do distrito de Kano em 1996 e as medicou com um antibiótico nunca testado, chamado Trovan. O processo diz que as famílias não foram consultadas sobre o uso do remédio.
A farmacêutica já foi julgada nos Estados Unidos, num processo que terminou em impasse. Segundo o "Independent", a empresa destruiu evidências do uso do remédio na Nigéria, o que teria levado ao processo movido contra o grupo por autoridades nigerianas.
Um relatório do governo nigeriano, citado pelo jornal, diz que das 11 crianças que morreram da doença, cinco foram medicadas com Trovan e seis tomaram um remédio da concorrência. Outras crianças sofreram efeitos colaterais como surdez, cegueira, paralisia e outras deficiências.
A reportagem diz que a Pfizer transformou crianças em "cobaias", aproveitando uma epidemia da doença há mais de uma década. O episódio inspirou o livro do escritor John Le Carré "O Jardineiro Fiel", adaptado para o cinema pelo cineasta brasileiro Fernando Meireles.
Segundo o "Independent", o julgamento já desperta a ira da população local, que não confia mais no governo nigeriano para imunizar as crianças contra a poliomielite. O jornal classifica o caso como um exemplo de pesquisa científica "chocantemente desviada".
Autoridades nigerianas, citadas pela reportagem, dizem que a Pfizer escolheu 200 crianças com meningite num acampamento do distrito de Kano em 1996 e as medicou com um antibiótico nunca testado, chamado Trovan. O processo diz que as famílias não foram consultadas sobre o uso do remédio.
A farmacêutica já foi julgada nos Estados Unidos, num processo que terminou em impasse. Segundo o "Independent", a empresa destruiu evidências do uso do remédio na Nigéria, o que teria levado ao processo movido contra o grupo por autoridades nigerianas.
Um relatório do governo nigeriano, citado pelo jornal, diz que das 11 crianças que morreram da doença, cinco foram medicadas com Trovan e seis tomaram um remédio da concorrência. Outras crianças sofreram efeitos colaterais como surdez, cegueira, paralisia e outras deficiências.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224333/visualizar/
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