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Nacional
Quinta - 31 de Maio de 2007 às 15:41

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O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) está mantendo radares "escondidos" nas rodovias que administra no Estado de São Paulo, o que contraria a norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que entrou em vigor no dia 21 de maio.

O Contran determina que os radares devem estar em locais visíveis, ficando proibidos equipamentos escondidos ou estrategicamente colocados próximo a pontes ou à vegetação.

Além de garantir a "ampla visibilidade do equipamento", a norma do Contran prevê a colocação de placas informando a existência dos radares e do limite máximo de velocidade nos trechos fiscalizados. Nas rodovias, as placas podem estar dispostas a uma distância de até 2 km do medidor de velocidade.

Na manhã desta quinta-feira, um dos radares operados pelo DER estava "camuflado" na saída de uma ponte na altura do km 3 da rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), que liga Taubaté, no interior do Estado, a cidades da Serra da Mantiqueira, como Campos do Jordão.

O radar móvel foi instalado na pista sentido serra, de forma que os motoristas não conseguissem visualizá-lo. No local, também não há placas informando o posicionamento do radar, apesar da estrada contar com diversas placas informando a fiscalização eletrônica.

Motoristas que utilizam a rodovia com freqüência ficaram revoltados com a "insistência" do DER em manter os radares em operação desta forma. "É um absurdo. Assim como nós temos que obedecer as leis de trânsito, o DER tem que se adequar às determinações do Contran", disse a professora Carmen Candido.

Educação

Segundo o Contran, o objetivo da edição desta norma é fazer com que que a fiscalização seja educativa e não arrecadatória. Segundo o órgão, o equipamento deve estar claramente visível para cumprir o objetivo de salvar vidas.

Não estão previstas punições para os órgãos estaduais e concessionárias que descumprirem as regras de sinalização, mas o motorista que for multado por um radar móvel que não estiver dentro dos padrões da nova regulamentação poderá recorrer e pedir a anulação da multa.

Justificativas

O DER informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os radares não podem ser colocados no acostamento das rodovias, pois podem ser destruídos facilmente. O departamento alegou que se trata de uma forma de proteger os equipamentos, e não de escondê-los.

De acordo com o departamento, os radares fixos são totalmente visíveis, ao contrário dos radares móveis (estáticos) que nem sempre podem ser vistos pelos motoristas. Como exemplo, a assessoria cita a passagem de um caminhão, que pode provocar a queda do equipamento devido ao deslocamento de ar.

No Vale do Paraíba, o DER conta com 133 pontos que podem ser usados para a fiscalização com radares espalhados nas rodovias Oswaldo Cruz (SP-125), Tamoiso (SP-99), Carvalho Pinto (SP-070) e Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123).

As quatro rodovias somam um tráfego diário de 60.265 veículos. Em todo o Estado, são mais de 20 mil km de rodovias sob a responsabilidade do departamento.




Fonte: Terra

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