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Problemas no transporte público inviabilizam pedágio urbano, diz Kassab
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) disse nesta quinta-feira durante sabatina da Folha que a instalação de um pedágio urbano na cidade representaria a penalização dos trabalhadores.
Kassab afirmou que os problemas no transporte público de São Paulo tornam o pedágio inviável. "O transporte público de São Paulo está no limite e o trânsito é um dos problemas mais graves da cidade. O cidadão tem o direito de ir trabalhar. Sou contra o pedágio", disse.
A possibilidade do pedágio urbano está prevista no plano diretor de cidade, que atualmente está em processo de consulta pública. "Eu sou prefeito pelos próximos dois anos, não posso dizer o que vai acontecer daqui a 20", afirmou Kassab.
Para o prefeito, apenas o "investimento maciço" no transporte resolveria o problema.
A sabatina com o prefeito acontece no no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis). Ele responde a perguntas de quatro entrevistadores --Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação, Rogério Gentile, editor de Cotidiano, Silvio Cioffi, editor de Turismo, e Raul Juste Lores, repórter da Folha-- e também da platéia.
Kassab é o terceiro a participar do ciclo de sabatinas da Folha neste ano. Antes do prefeito, o jornal sabatinou o climatologista Carlos Nobre (março) e o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer (abril).
Prefeitura
Kassab, 46, eleito vice na chapa de José Serra (PSDB), assumiu a Prefeitura de São Paulo no dia 31 de março do ano passado, quando o tucano, após 15 meses de gestão, renunciou ao cargo para disputar o governo do Estado. Serra seria eleito governador de São Paulo no primeiro turno, em outubro.
O prestígio pessoal de Serra na cidade e no Estado de São Paulo nunca passou para seu sucessor. Segundo pesquisa Datafolha de abril de 2006, o tucano deixou a prefeitura com aprovação de 42% da população. Um mês e meio depois, Kassab era aprovado por 10%, segundo o mesmo instituto.
O desempenho de Kassab à frente da prefeitura seguiu tendo avaliações negativas ao longo de 2006 e em 2007, de acordo com o Datafolha. Em julho e setembro do ano passado, sua gestão foi aprovada por 16% da população da cidade. Em março deste ano, por 15%.
Em compensação, o outrora desconhecido Kassab --quando assumiu, 23% dos paulistanos sabiam seu nome-- começa aos poucos a ver e colher os resultados de um de seus principais --e mais polêmicos-- projetos: a Lei Cidade Limpa.
Aprovada pela Câmara Municipal, a lei restringe a publicidade nas ruas de São Paulo com o objetivo de diminuir a poluição visual e acabar com a propaganda irregular ao ar livre.
O novo visual de parte da cidade fez com que a iniciativa recebesse elogios espontâneos, como o do cineasta Fernando Meirelles, que escreveu artigo publicado na Folha para agradecer ao prefeito por deixar a cidade mais bonita.
Por causa do mesmo projeto, porém, Kassab se envolveu em episódio de grande desgaste: em uma unidade de saúde, expulsou aos gritos de "vagabundo" um homem que protestava contra o Cidade Limpa.
Kassab afirmou que os problemas no transporte público de São Paulo tornam o pedágio inviável. "O transporte público de São Paulo está no limite e o trânsito é um dos problemas mais graves da cidade. O cidadão tem o direito de ir trabalhar. Sou contra o pedágio", disse.
A possibilidade do pedágio urbano está prevista no plano diretor de cidade, que atualmente está em processo de consulta pública. "Eu sou prefeito pelos próximos dois anos, não posso dizer o que vai acontecer daqui a 20", afirmou Kassab.
Para o prefeito, apenas o "investimento maciço" no transporte resolveria o problema.
A sabatina com o prefeito acontece no no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis). Ele responde a perguntas de quatro entrevistadores --Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação, Rogério Gentile, editor de Cotidiano, Silvio Cioffi, editor de Turismo, e Raul Juste Lores, repórter da Folha-- e também da platéia.
Kassab é o terceiro a participar do ciclo de sabatinas da Folha neste ano. Antes do prefeito, o jornal sabatinou o climatologista Carlos Nobre (março) e o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer (abril).
Prefeitura
Kassab, 46, eleito vice na chapa de José Serra (PSDB), assumiu a Prefeitura de São Paulo no dia 31 de março do ano passado, quando o tucano, após 15 meses de gestão, renunciou ao cargo para disputar o governo do Estado. Serra seria eleito governador de São Paulo no primeiro turno, em outubro.
O prestígio pessoal de Serra na cidade e no Estado de São Paulo nunca passou para seu sucessor. Segundo pesquisa Datafolha de abril de 2006, o tucano deixou a prefeitura com aprovação de 42% da população. Um mês e meio depois, Kassab era aprovado por 10%, segundo o mesmo instituto.
O desempenho de Kassab à frente da prefeitura seguiu tendo avaliações negativas ao longo de 2006 e em 2007, de acordo com o Datafolha. Em julho e setembro do ano passado, sua gestão foi aprovada por 16% da população da cidade. Em março deste ano, por 15%.
Em compensação, o outrora desconhecido Kassab --quando assumiu, 23% dos paulistanos sabiam seu nome-- começa aos poucos a ver e colher os resultados de um de seus principais --e mais polêmicos-- projetos: a Lei Cidade Limpa.
Aprovada pela Câmara Municipal, a lei restringe a publicidade nas ruas de São Paulo com o objetivo de diminuir a poluição visual e acabar com a propaganda irregular ao ar livre.
O novo visual de parte da cidade fez com que a iniciativa recebesse elogios espontâneos, como o do cineasta Fernando Meirelles, que escreveu artigo publicado na Folha para agradecer ao prefeito por deixar a cidade mais bonita.
Por causa do mesmo projeto, porém, Kassab se envolveu em episódio de grande desgaste: em uma unidade de saúde, expulsou aos gritos de "vagabundo" um homem que protestava contra o Cidade Limpa.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224376/visualizar/
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