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Internacional
Quinta - 31 de Maio de 2007 às 13:35

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A economia americana fincou o pé no freio no primeiro trimestre, com o déficit comercial agravando a situação gerada pela crise no setor imobiliário, mas os analistas acreditam que ela vá deslanchar.

O crescimento foi revisado em baixa, a apenas 0,6% ao ano, em vez de 1,3% ao ano anunciado anteriormente, indicou nesta quinta-feira o departamento de Comércio.

A última vez que o crescimento havia sido tão fraco assim foi no quarto trimestre de 2002, justo antes do início da guerra no Iraque.

É uma decepção para os analistas que esperavam uma alta de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), contra aumento de 2,5% no trimestre anterior.

Mas não é uma enorme surpresa. O consenso geral entre os economistas é de passar o primeiro trimestre com perdas e ganhos para crescer melhor nos meses seguintes.

"O primeiro trimestre marcou o ponto mais baixo da economia americana e teremos melhores dados até o fim do ano", afirmou Sal Guatieri do BMO Financial Group.

Esta opinião coincide com a do banco central, que havia estimado em um documento publicado quarta-feira que os dados calamitosos do primeiro trimestre exageravam, provavelmente, a intensidade do desaquecimento real da economia.

O ministério explicou a revisão para abaixo por dois fatores principais, que retiraram cada um o equivalente a um ponto do crescimento: uma deterioração da balança comercial, porque os americanos importaram mais que o previsto, e uma redução dos estoques.

Mas é precisamente o que pode preparar rapidamente o terreno para um crescimento mais forte, destacou Drew Matus da Lehman Brothers. Se as empresas usaram seus estoques no primeiro trimestre, elas devem produzir muito mais no segundo.

"Depois da chuva do primeiro trimestre virá o tempo bom no segundo", prometeu o analista.

Um outro dado publicado nesta quinta-feira conforta esta tese: a atividade industrial aumentou em maio na região de Chicago, surpreendendo os analistas.

"Isto sustenta a idéia de que a economia americana está tomando um segundo fôlego e prepara o terreno para um crescimento mais forte até o início de 2008", indicou Jack Bishop do gabinete Kingsbury.

Outro fator de otimismo, o consumo continua vigoroso (alta de 4,4% no primeiro trimestre), o que leva a pensar que a crise do imobiliário não afetou o poder de compra das famílias.

Mas é um reconforto precário: enquanto a crise imobiliária não passar, continua sendo perigosa para a economia. Por isso, os economistas acham que não se pode esperar um crescimento exuberante.

"A economia terá dificuldades de recuperar sua velocidade de cruzeiro de aproximadamente 3% por causa da correção do imobiliário habitacional", advertiu Guatieri. Segundo ele, esta correção deve durar o ano inteiro.




Fonte: AFP

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