Presídios estão lotados em Mato Grosso
Na prática, isso quer dizer que existe uma enorme dificuldade na separação dos presos mais perigosos dos que cometeram crimes mais leves, como furtos ou agressões. Isso significa que após ser solto o detento retorna à prisão, mas dessa vez por cometer um crime mais grave.
A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Betsey Miranda, avalia que a implantação da Lei Maria da Penha e a explosão populacional na região metropolitana são fatores que auxiliaram esse crescimento da população encarcerada.
Ela cita que o montante de pessoas presas, ao contrário do que se prega, não irão refletir em benefícios para à sociedade, já que a superpopulação funciona como uma verdadeira escola de crimes.
Dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) demonstram que a reincidência alcança, 86%. Ou seja, as prisões formam bandidos extremamente perigosos em detrimento de uma série de fatores, como falta de estrutura física, de salas de aulas, de cursos técnicos profissionalizantes.
Na capital mato-grossense está situada a primeira e única unidade prisional que tenta fazer a separação por grau de periculosidade, conforme previsto pela Lei de Execuções Penais, o Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé). A experiência foi implantada há dois anos, mas o processo vem sendo aplicado gradativamente. Apesar do número de presos ser alto, cerca de 800, apenas uma rebelião foi registrada durante esse período. Lá, estão implantados programas de serviços como costura de bolas, refrigeração, ateliê. Recentemente foi inaugurada uma biblioteca.
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