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Internacional
Quinta - 31 de Maio de 2007 às 06:11

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Os principais narcotraficantes que operam nas Filipinas organizaram "sindicatos" que subornam juízes e promotores para comprar assim a liberdade de seus líderes, segundo denunciou a Agência Antidrogas do país.

O diretor do órgão, Dionisio Santiago, atribuiu a este fenômeno o fato de que o Tribunal de Apelações absolveu recentemente sete cidadãos chineses que uma instância inferior tinha condenado à prisão perpétua por tráfico de drogas.

A decisão judicial enviará a mensagem aos chefões locais que poderão continuar impunes. Graças a enormes somas depositadas nos "sindicatos", relacionados com todos os níveis do sistema judiciário, funcionários públicos garantem que seus chefes poderão escapar da prisão, ressaltou o investigador, hoje, numa entrevista ao jornal "The Philippine Daily Inquirer".

Para anular a sentença dos chineses, o Tribunal de Apelações alegou que a batida em 2002 contra o laboratório clandestino operado por eles não foi realizada "de forma correta" e apontou um "defeito de forma".

Muitos traficantes chineses transferiram suas operações para as Filipinas desde 2005, quando o Governo chinês iniciou uma operação maciça contra seus laboratórios clandestinos.

Segundo as autoridades filipinas, mais de 50% dos estrangeiros detivedos por narcotráfico desde 2005 são chineses. Eles produzem e vendem o "shabu", uma droga sintética estimulante e altamente viciante, fumada em cachimbos como o crack.

A droga afeta o sistema nervoso e causa sérios problemas de saúde. A curto prazo pode causar insônia, anorexia, irritabilidade, agressividade e paranóia. A longo prazo, afeta os vasos sanguíneos que levam o sangue ao cérebro e pode chegar a gerar sintomas parecidos com os do mal de Parkinson.





Fonte: EFE

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