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Acusado de esquartejar namorada quer voltar a exercer a medicina
Acusado de matar e esquartejar uma paciente e ex-namorada em seu consultório na zona norte de São Paulo, o cirurgião plástico Farah Jorge Farah quer voltar a exercer a medicina. Com a liberdade provisória, conquistada por um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (29), a defesa de Farah acredita ter um novo argumento para derrubar a decisão do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) que cassou sua licença em novembro de 2006.
Maria do Carmo Alves, 46, teria sido morta na clínica de Farah no dia 24 de janeiro de 2003. Segundo a polícia na época, o cirurgião usou um bisturi e pinças para dissecar o corpo da vítima e retirar a pele de parte do rosto, tórax e pontas dos dedos das mãos e pés. Farah teria levado dez horas nesse processo. Maria do Carmo teve um relacionamento com o cirurgião por 20 anos. Ele alegou legítima defesa e que a vítima o perseguia.
Partes do corpo dela foram encontradas embaladas em sacos de lixo plásticos, escondidos no porta-malas do carro do cirurgião.
Para o advogado do cirurgião neste caso, Gustavo Lorenzi de Casto, o CRM deveria aguardar a decisão da Justiça para cassar a licença de Farah.
"O Cremesp partiu de uma premissa equivocada [para cassar a licença]. Julgou com base no que saiu na imprensa. Deveria aplicar a sentença após a Justiça manifestar a culpa ou não [do médico]", afirmou Castro.
Em fevereiro deste ano o advogado entrou com um recurso no CFM (Conselho Federal de Medicina), com o objetivo de anular a decisão do Cremesp, e também, há cerca de um mês, Castro entrou com um mandado de segurança na Justiça com o mesmo objetivo.
"Ele [Farah] não conseguiu ao menos acompanhar seu julgamento no Cremesp. No dia, não havia efetivo da polícia para acompanhá-lo e mesmo assim seu julgamento aconteceu. Todos têm direito de acompanhar seu julgamento", afirmou o advogado.
Se conseguir anular a decisão do Cremesp e retomar sua licença, o cirurgião voltará a exercer a medicina. "Essa é a intenção dele", disse Castro.
A Folha Online procurou a assessoria de imprensa do Cremesp na noite desta quarta-feira, no entanto, ninguém foi localizado.
Liberdade provisória
Farah deixou a carceragem do 13º Distrito Policial (Casa Verde) por volta das 14h desta quarta-feira. A delegacia é a responsável por abrigar presos com formação superior.
Para pedir a liberdade de Farah, seu advogado neste caso, Roberto Podval, argumentou que não havia motivos para ele ser mantido preso preventivamente. "Não há risco de fuga, nem há mais clamor público", disse o advogado.
Na decisão, o ministro Gilmar Mendes, relator do processo, acatou o argumento. Para o ministro, a prisão de Farah estava pautada apenas no modo como o crime foi cometido e "na comoção social que a gravidade do delito causou na sociedade paulistana".
Laudo
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Farah ainda não tem julgamento marcado. Em novembro, ele passou por exame de sanidade mental feito pelo Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminológica de São Paulo). Em fevereiro, o instituto solicitou um exame complementar. O laudo ainda não foi concluído.
Maria do Carmo Alves, 46, teria sido morta na clínica de Farah no dia 24 de janeiro de 2003. Segundo a polícia na época, o cirurgião usou um bisturi e pinças para dissecar o corpo da vítima e retirar a pele de parte do rosto, tórax e pontas dos dedos das mãos e pés. Farah teria levado dez horas nesse processo. Maria do Carmo teve um relacionamento com o cirurgião por 20 anos. Ele alegou legítima defesa e que a vítima o perseguia.
Partes do corpo dela foram encontradas embaladas em sacos de lixo plásticos, escondidos no porta-malas do carro do cirurgião.
Para o advogado do cirurgião neste caso, Gustavo Lorenzi de Casto, o CRM deveria aguardar a decisão da Justiça para cassar a licença de Farah.
"O Cremesp partiu de uma premissa equivocada [para cassar a licença]. Julgou com base no que saiu na imprensa. Deveria aplicar a sentença após a Justiça manifestar a culpa ou não [do médico]", afirmou Castro.
Em fevereiro deste ano o advogado entrou com um recurso no CFM (Conselho Federal de Medicina), com o objetivo de anular a decisão do Cremesp, e também, há cerca de um mês, Castro entrou com um mandado de segurança na Justiça com o mesmo objetivo.
"Ele [Farah] não conseguiu ao menos acompanhar seu julgamento no Cremesp. No dia, não havia efetivo da polícia para acompanhá-lo e mesmo assim seu julgamento aconteceu. Todos têm direito de acompanhar seu julgamento", afirmou o advogado.
Se conseguir anular a decisão do Cremesp e retomar sua licença, o cirurgião voltará a exercer a medicina. "Essa é a intenção dele", disse Castro.
A Folha Online procurou a assessoria de imprensa do Cremesp na noite desta quarta-feira, no entanto, ninguém foi localizado.
Liberdade provisória
Farah deixou a carceragem do 13º Distrito Policial (Casa Verde) por volta das 14h desta quarta-feira. A delegacia é a responsável por abrigar presos com formação superior.
Para pedir a liberdade de Farah, seu advogado neste caso, Roberto Podval, argumentou que não havia motivos para ele ser mantido preso preventivamente. "Não há risco de fuga, nem há mais clamor público", disse o advogado.
Na decisão, o ministro Gilmar Mendes, relator do processo, acatou o argumento. Para o ministro, a prisão de Farah estava pautada apenas no modo como o crime foi cometido e "na comoção social que a gravidade do delito causou na sociedade paulistana".
Laudo
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Farah ainda não tem julgamento marcado. Em novembro, ele passou por exame de sanidade mental feito pelo Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminológica de São Paulo). Em fevereiro, o instituto solicitou um exame complementar. O laudo ainda não foi concluído.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224488/visualizar/
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