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Cidades/Geral
Quarta - 30 de Maio de 2007 às 18:22

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A redução do fornecimento de gás natural da Bolívia para a usina termelétrica de Cuiabá poderá provocar um aumento futuro nas tarifas de energia a ser paga por todos os consumidores. Isto porque ao reduzir o vojume de gás de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia para 1,5 milhão, como pretende a Bolívia, a usina terá que usar, se tiver que operar a plena carga de quase 500 megawatts, óleo diesel que além de mais poluente é mais caro.

O presidente da térmica de Cuiabá, Carlos Baldi, disse que a empresa, de propriedade da Shell e do grupo inglês Ashmore, ainda está avaliando as alternativas e os impactos dessa imposição de redução do volume de gás por parte do governo da Bolívia. Em reunião realizada ontem com representantes do governo brasileiro ficou praticamente acertado que a usina terá que aceitar essa redução, apesar do contrato prever os 2,2 milhões de metros cúbicos por dia até 2019.

Carlos Baldi lembrou que a situação é complicada porque a usina assinou contrato de fornecimento de energia com Furnas com preços definidos até 2019. A usina é responsável por 70% do consumo de Mato Grosso e é fundamental para o Estado, para dar maior garantia de confiabilidade do sistema. Segundo Baldi, se a usina só tiver garantidos 1,5 milhão de metros cúbicos por dia de gás só poderá operar até 300 megawatts de capacidade.

"A empresa ainda está analisando como vai operar dessa forma, com menos oferta de gás. Temos contratos e compromissos com Furnas. Temos um aumento de 200% nos preços do gás e uma redução no volume. É muito complicada a situação", afirmou Baldi.

Em fevereiro último, um acordo entre os presidentes dos dois países ficou acertado que a usina de Cuiabá aceitaria o aumeno de preçcos do gás que passaram de US$ 1,19 por milhão de BTUs para US$ 4,20. Na ópoca a Bolívia não questionou o volume previsto no contrato que vai até 2019 que é de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia. O problema é que atualmente com a dchegada do fio a Argentina está demandando 7,4 milhões de metros cúbicos por dia de gás importado da Bolívia, que por sua vez está com sua produção interna estagnada em torno de 42 milhões de metros cúbicos por dia de gás. E o fornecimento à Petrobras de no máximo 30 milhões de metros cúbicos por dia, é prioritário após o atendimento à demanda interna que está em torno de 5 milhões de metros cúbicos por dia.





Fonte: Globo Online

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