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Internacional
Quarta - 30 de Maio de 2007 às 18:06

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O primeiro-ministro Fouad Siniora e o chefe da maioria parlamentar Saad Hariri comemoraram hoje a aprovação da resolução 1757 do Conselho de Segurança da ONU que cria um Tribunal Especial para o Líbano, que deverá julgar o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri e outras personalidades anti-sírias.

"Está é uma etapa histórica para proteger o Líbano", declarou emocionado Saad Hariri, filho e sucessor político do ex-primeiro-ministro assassinado, que leu um comunicado televisionado momentos após o Conselho de Segurança da ONU aprovar a criação deste tribunal.

Segundo Hariri, o tribunal permitirá "salvar o Líbano da série de crimes terroristas que o castigaram" e disse que sua criação não é dirigida contra ninguém.

"Não é em favor de um grupo contra outro. Nos concerne a todos.

Que este dia constitua uma oportunidade para voltar a unir os libaneses e retomar o diálogo nacional", declarou.

Uma declaração televisionada similar foi dada por Siniora, que disse que o "tribunal não está dirigido contra ninguém, especialmente contra a irmã Síria".

"Trata-se de uma vitória para o Líbano e os libaneses, todos eles, e contra a opressão e o crime".

O primeiro-ministro viu na decisão tomada pelo Conselho de Segurança da ONU uma "confirmação de que o Líbano é um país independente e soberano" e agradeceu a todos os países e instituições por tornarem possível este anelo dos libaneses.

O anúncio da criação do Tribunal foi celebrada com tiros de partidários do ex-primeiro-ministro, apesar da proibição feita pelo Ministério do Interior para evitar qualquer incidente.

Muitos deles foram ao túmulo do ex-primeiro-ministro com a bandeira da Corrente do Futuro, partido formado por Hariri, e levando velas nas mãos.

As velas iluminavam toda Beirute, pois foram colocadas na maior parte de suas ruas seguindo as direções de Saad Hariri. O mesmo aconteceu em outras regiões sob a influência das Forças de 14 de Março, coalizão anti-Síria.

A calma também reina nos bairros sul xiitas, onde, no entanto, uma bomba sonora explodiu nos muros da igreja de São Michel em Chieh.

Hariri foi assassinado junto com 22 pessoas no dia 14 de fevereiro de 2005 em um atentado com carro-bomba, atribuído ao regime sírio.

O assassinato foi precedido e seguido por outros atos similares que tiraram a vida do jornalista Samir Kassir, do político Georges Hawi, do deputado Yebrán Tueni e do ministro Pierre Gemayel.




Fonte: EFE

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