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Saúde
Quarta - 30 de Maio de 2007 às 14:19

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A ONU apresentou hoje em Londres um novo guia de prevenção contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da aids, que poderia beneficiar cerca de 200 milhões de pessoas no mundo todo.

Os conselhos, elaborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids), buscam melhorar a informação que os possíveis infectados possuem e ampliar o acesso aos serviços de tratamento e prevenção à aids.

"A expansão do acesso à informação e aos exames de HIV é um imperativo tanto de saúde pública como em direitos humanos", disse o diretor do departamento de HIV/aids da OMS, Kevin De Cock. Atualmente, 80% dos portadores do vírus em países de renda baixa e média ignoram que são soropositivos.

Este problema, diz Cock, também é percebido em países desenvolvidos, como alguns da Europa, e nos Estados Unidos, onde 25% de infectados desconhecem seu estado. Além disso, em determinadas regiões, como a África Subsaariana, apenas 12% dos homens e 10% das mulheres fizeram teste para detectar o HIV e receberam os resultados.

À luz destes dados, a OMS e o Unaids divulgaram hoje na sede da Associação da Imprensa Estrangeira (centro de Londres) um guia que se baseia na experiência de vários países e nas contribuições de mais de 150 organizações e indivíduos.

As novas indicações aconselham que os centros de saúde no mundo inteiro recomendem a busca de informações e os exames para detectar o vírus a todos os pacientes que apresentem doenças que podem ser causadas por infecção pelo HIV.

Esse conselho já foi colocado em prática em hospitais de países africanos como Botsuana, Quênia, Malawi, Uganda e Zâmbia, assim como em centros de atendimento pré-natal em nações ricas como o Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.

"Se quisermos ir ganhando terreno à epidemia, a rápida expansão das atividades de tratamento e prevenção da infecção por HIV é fundamental, e um fator essencial para isso será um maior recurso aos exames de HIV", afirmou Paul De Lay, diretor de acompanhamento e avaliação do Unaids.

De acordo com De Lay, o custo médio da análise médica para detectar o vírus da aids é de no máximo US$ 2, apesar de o preço oscilar dependendo do país. Os exames de HIV devem ser "voluntários e confidenciais" e precisam ser realizados "com o consentimento do paciente", já que o infectado "tem direito a negar o teste", diz o novo guia.

Além disso, pelas recomendações "os pacientes devem receber apoio para evitar as eventuais repercussões negativas do conhecimento e revelação de seu estado sorológico, como atos de discriminação e violência".

No entanto, a OMS e o Unaids reconhecem que essas recomendações "dependem das circunstâncias locais" e admitem ainda que "a falta de recursos e outros obstáculos" podem impedir sua "aplicação imediata".





Fonte: EFE

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