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Economia
Quarta - 30 de Maio de 2007 às 07:42

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Uma matéria publicada no diário "The Wall Street Journal" afirma que os custos de produção agrícola no Brasil dispararam nos últimos meses, mesmo com o dólar baixo amenizando a alta das matérias-primas.

Segundo o jornal financeiro, elevação na demanda de fertilizantes nos EUA, Índia e China fez os preços dispararem no mercado internacional. O Brasil é importador dessas matérias-primas, cotadas em dólar.

"Justo quando o poder de compra dos produtores brasileiros sobe junto com a moeda local, os custos das colheitas quase dobram", escreve o correspondente em São Paulo.

Citando dados do Ministério da Agricultura, o repórter afirma que algumas substâncias chegaram a subir 92% desde abril do ano passado. Enquanto isso, no mesmo período, o dólar caiu apenas 6%.

Ao mesmo tempo, a alta da moeda nacional encareceu os custos de transporte, afetando ainda mais a saúde financeira das fazendas.

Em um momento em que áreas de colheita nos EUA são convertidas para a fabricação de biocombustíveis, um analista citado na matéria afirma que a alta dos custos pode comprometer as expectativas por maior produção agrícola para compensar a menor oferta no mercado.

Europa

O problema da menor oferta de alimentos também pode afetar a Europa, sugere uma matéria do "The New York Times". De acordo com o jornal, áreas tradicionalmente destinadas à produção agrícola em diversos países europeus já estão sendo convertidas para a produção de biocombustível.

A fim de incentivar o maior uso dessas fontes de energia dita limpas, a Itália, por exemplo, garante aos produtores um preço mínimo de grãos para biocombustíveis equivalente ao dobro do preço de outros grãos, diz o texto.

Além disso, a União Européia permite que plantações de matérias-primas para biocombustíveis sejam realizadas em áreas proibidas para fim alimentício, aponta o jornal.

Mencionada no texto, a comissária européia de Agricultura reconhece que deve haver aumento nos preços das matérias-primas de alimentos, mas crê que os produtos, nas gôndolas dos supermercados, custarão o mesmo para o consumidor.





Fonte: 24 Horas News

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