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Manifestantes pedem proteção à OEA; Chávez vê conspiração
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu nesta terça-feira em um pronunciamento em cadeia nacional a decisão de fechar a emissora de televisão RCTV e conclamou o povo a defender a "revolução" socialista que lançou no país.
"É uma decisão soberana, legítima, que não está em discussão, mas há elementos desestabilizadores que estão em jogo", disse o presidente sobre o fechamento do canal e os protestos contra a medida em Caracas e outras cidades.
"Soem o alarme nas colinas, nas vizinhanças e vilarejos para defender nossa revolução deste novo ataque fascista."
Nesta terça-feira, estudantes voltaram pelo segundo dia consecutivo a realizar protestos na capital venezuelana contra o fechamento da RCTV, a mais antiga emissora privada de TV do país.
Um grupo de estudantes foi à sede da OEA (Organização de Estados Americanos) em Caracas e entregou à organização um documento em que pede proteção e garantias ao direito de realizar protestos pacíficos.
Globovisión
Em seu pronunciamento, Chávez acusou um segundo canal de TV, o Globovisión, e alguns jornais de estarem orquestrando uma campanha contra ele.
Segundo o presidente, o fechamento da RCTV foi em nome do interesse público, já que seu programas representavam um "ataque permanente à moral do público", com novelas que eram como "cascavéis peçonhentas" e desenhos animados para crianças "contaminados com ódio, violência e mesmo sexo".
Muitos observadores avaliam que os protestos estudantis desta terça-feira foram os maiores que Chávez já enfrentou em seus nove anos no poder.
Os estudantes bloquearam várias vias de Caracas, incluindo uma das principais avenidas da cidade, que faz a ligação com o sudeste da capital venezuelana.
Os manifestantes convocaram mais protestos, o que fez surgir temores de que voltem a ocorrer violentos confrontos com policiais.
Na segunda-feira, até a meia-noite (23h em Brasília), pelo menos 14 pessoas haviam ficado feridas em choques em Caracas e também nas cidades de Maracay, Valencia e Mérida.
Grupos de Chávez também se reuniram nesta terça-feira em Caracas para uma passeata em defesa do fechamento da RCTV.
Brasil
Ainda nesta terça-feira, o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, arcebispo Ubaldo Santana Sequera, pediu que o Brasil reze "pela urgência dos direitos humanos" frente à "nova situação de tensão e violência" em seu país.
Sequera fez os comentários em Aparecida (SP), onde participa da 5ª Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe.
"Agradeço a todos e todas as múltiplas expressões de solidariedade e o apoio de suas orações", disse o religioso.
O vice-presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Roberto Lückert, havia dito antes que a não renovação da concessão do canal de TV havia sido o "mais grave erro político" de Hugo Chávez.
Os comentários se seguiram às declarações do arcebispo de Mérida, Baltazar Cardozo, que disse na segunda-feira que o governo venezuelano 'em muitas coisas está próximo' a "posturas adotadas por Castro, Hitler e Mussolini".
"É uma decisão soberana, legítima, que não está em discussão, mas há elementos desestabilizadores que estão em jogo", disse o presidente sobre o fechamento do canal e os protestos contra a medida em Caracas e outras cidades.
"Soem o alarme nas colinas, nas vizinhanças e vilarejos para defender nossa revolução deste novo ataque fascista."
Nesta terça-feira, estudantes voltaram pelo segundo dia consecutivo a realizar protestos na capital venezuelana contra o fechamento da RCTV, a mais antiga emissora privada de TV do país.
Um grupo de estudantes foi à sede da OEA (Organização de Estados Americanos) em Caracas e entregou à organização um documento em que pede proteção e garantias ao direito de realizar protestos pacíficos.
Globovisión
Em seu pronunciamento, Chávez acusou um segundo canal de TV, o Globovisión, e alguns jornais de estarem orquestrando uma campanha contra ele.
Segundo o presidente, o fechamento da RCTV foi em nome do interesse público, já que seu programas representavam um "ataque permanente à moral do público", com novelas que eram como "cascavéis peçonhentas" e desenhos animados para crianças "contaminados com ódio, violência e mesmo sexo".
Muitos observadores avaliam que os protestos estudantis desta terça-feira foram os maiores que Chávez já enfrentou em seus nove anos no poder.
Os estudantes bloquearam várias vias de Caracas, incluindo uma das principais avenidas da cidade, que faz a ligação com o sudeste da capital venezuelana.
Os manifestantes convocaram mais protestos, o que fez surgir temores de que voltem a ocorrer violentos confrontos com policiais.
Na segunda-feira, até a meia-noite (23h em Brasília), pelo menos 14 pessoas haviam ficado feridas em choques em Caracas e também nas cidades de Maracay, Valencia e Mérida.
Grupos de Chávez também se reuniram nesta terça-feira em Caracas para uma passeata em defesa do fechamento da RCTV.
Brasil
Ainda nesta terça-feira, o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, arcebispo Ubaldo Santana Sequera, pediu que o Brasil reze "pela urgência dos direitos humanos" frente à "nova situação de tensão e violência" em seu país.
Sequera fez os comentários em Aparecida (SP), onde participa da 5ª Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe.
"Agradeço a todos e todas as múltiplas expressões de solidariedade e o apoio de suas orações", disse o religioso.
O vice-presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Roberto Lückert, havia dito antes que a não renovação da concessão do canal de TV havia sido o "mais grave erro político" de Hugo Chávez.
Os comentários se seguiram às declarações do arcebispo de Mérida, Baltazar Cardozo, que disse na segunda-feira que o governo venezuelano 'em muitas coisas está próximo' a "posturas adotadas por Castro, Hitler e Mussolini".
Fonte:
BBC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224669/visualizar/
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