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Nacional
Terça - 29 de Maio de 2007 às 22:16
Por: Eduardo Reina e Eduardo Nicola

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SÃO PAULO - Nem bem foram reiniciadas, as obras do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas (SP-21) ficaram paradas novamente. Nesta terça-feira, praticamente nada funcionou no canteiro de obras localizado na Avenida Papa João XXIII, em Mauá, região do ABC. Nessa área será construídos um prolongamento de pouco mais de quatro quilômetros da via expressa. Na segunda-feira, o governador José Serra (PSDB) esteve no local, posou para fotos numa retroescavadeira e fez discurso ressaltando a importância da estrada. “É uma obra nacional”, disse.

Nessa frente da obra, seis escavadeiras e 12 caminhões estavam estacionados nas laterais do pátio. O canteiro é do tamanho de um campo de futebol e está cercado por arame farpado. Pela manhã, a única movimentação efetiva foi de caráter logístico. Um caminhão trouxe uma escavadeira. Nada de movimentação de mão-de-obra. Uma pessoa que estava no local chegou a dizer que, por causa da chuva, não haveria ninguém trabalhando. Responsável pela obra, o Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), órgão da Secretaria Estadual dos Transportes, informou que são oito as frentes de trabalho que tiveram início nos cinco lotes em que foi dividido o Trecho Sul. Nesta primeira fase, segundo a Dersa, estão sendo feitos levantamentos topográficos e fotométricos, para que depois as máquinas comecem a operar.

O lote 1 fica no trecho do prolongamento que será construído na Avenida Papa João XXIII, em Mauá; o lote 2 abrange o trevo com a Via Anchieta; o lote 3 terá o trevo com a Rodovia dos Imigrantes e a ponte sobre a Represa Billings; já o lote 4 abrange a Estrada de Parelheiros e a ponte sobre a Represa Guarapiranga. O último e 5º lote fica da Estrada de Itapecerica até o encontro com o Trecho Oeste, na Rodovia Régis Bittencourt.

Em 19 de setembro do ano passado, o então governador Cláudio Lembo (DEM) também fez a inauguração das obras do Trecho Sul. Na solenidade havia máquinas e operários. Só que os trabalhos estavam localizados no lado oposto ao que Serra esteve segunda-feira. Ficavam no km 29 da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo, onde hoje só há mato e uma placa.

A conclusão desse trecho está prevista pelo governo estadual para março ou abril de 2010. A Dersa prevê 1.359 desapropriações de imóveis em sete municípios para a construção da estrada. Serão removidas 2.011 famílias nas cidades de Mauá, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu.

As pistas terão 61,4 quilômetros de extensão - 57 do próprio Rodoanel e 4,4 junto à Avenida Papa João XXIII. O custo do trecho é de cerca de R$ 3,7 bilhões, incluindo a construção, as desapropriações e reassentamentos, além das compensações ambientais.




Fonte: Estadão

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