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Blair anuncia acordos de defesa e energia na Líbia
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, elogiou na terça-feira, após reunião com o líder Muammar Khadaffi, as transformações na relação do seu país com a Líbia. Os dois países anunciaram importantes acordos de defesa e energia.
Blair, que faz sua segunda viagem como premiê à Líbia, chegou a Surt, cidade natal de Khadaffi, e foi levado de carro num trajeto de 20 minutos até uma tenda no deserto onde encontrou o veterano ex-coronel, no poder desde o golpe com que derrubou a monarquia, em 1969.
"A relação entre Líbia e Grã-Bretanha se transformou completamente nos últimos três anos", disse Blair, que deixa o poder em junho, a jornalistas.
Num sinal de aproximação, a empresa britânica de petróleo BP assinou um importante acordo de exploração e produção de gás natural com a estatal líbia do setor, com investimentos iniciais de 900 milhões de dólares.
Já o acordo de defesa prevê a compra pela Líbia de mísseis e sistemas britânicos de defesa aérea, segundo o primeiro-ministro líbio, Al Baghdadi Al Mahmoudi.
Blair elogiou a intensa cooperação na luta contra o terrorismo e em questões de defesa entre a Grã-Bretanha e o antes isolado país do norte da África. "A relação comercial, como vocês podem ver por este enorme acordo de investimentos de hoje, agora vai simplesmente se fortalecendo cada vez mais", acrescentou.
A BP disse que o acordo é o seu maior compromisso de exploração e marca a volta da empresa à Líbia após uma ausência de mais de 30 anos.
"Com sua potencialidade de grandes recursos de gás, localização geográfica favorável e melhora no clima de investimentos, a Líbia tem uma enorme oportunidade de ser uma fonte de energia mais limpa para o mundo", disse o executivo-chefe da BP, Tony Hayward, em nota.
Blair fez sua primeira visita à Líbia em 2004, selando o retorno de Trípoli à comunidade internacional, depois que Khadaffi abandonou a busca por armas nucleares e aceitou pagar indenizações a parentes das vítimas da explosão de 1988 de um avião da Pan Am sobre a Escócia.
Esta é a última viagem de Blair à África, já que em 27 de junho ele entrega o cargo ao seu ministro das Finanças, Gordon Brown, depois de dez anos como premiê.
Blair também vai a Serra Leoa e África do Sul, preparando-se para a cúpula da semana que vem do G8 (bloco de países industrializados) na Alemanha, cuja pauta será dominada pela África e a mudança climática. Ele aproveita também para fazer campanha por um acordo comercial global.
Khadaffi disse em março à BBC que a Líbia não foi adequadamente recompensada por abdicar das armas nucleares, e que por isso países como Irã e Coréia do Norte não estão seguindo o exemplo. Assessores haviam dito que Blair discutiria com as autoridades líbias também a questão de Darfur, região sudanesa para onde a ONU pretende enviar uma tropa de paz a fim de conter a guerra civil que já matou cerca de 200 mil pessoas desde 2003.
Blair, que faz sua segunda viagem como premiê à Líbia, chegou a Surt, cidade natal de Khadaffi, e foi levado de carro num trajeto de 20 minutos até uma tenda no deserto onde encontrou o veterano ex-coronel, no poder desde o golpe com que derrubou a monarquia, em 1969.
"A relação entre Líbia e Grã-Bretanha se transformou completamente nos últimos três anos", disse Blair, que deixa o poder em junho, a jornalistas.
Num sinal de aproximação, a empresa britânica de petróleo BP assinou um importante acordo de exploração e produção de gás natural com a estatal líbia do setor, com investimentos iniciais de 900 milhões de dólares.
Já o acordo de defesa prevê a compra pela Líbia de mísseis e sistemas britânicos de defesa aérea, segundo o primeiro-ministro líbio, Al Baghdadi Al Mahmoudi.
Blair elogiou a intensa cooperação na luta contra o terrorismo e em questões de defesa entre a Grã-Bretanha e o antes isolado país do norte da África. "A relação comercial, como vocês podem ver por este enorme acordo de investimentos de hoje, agora vai simplesmente se fortalecendo cada vez mais", acrescentou.
A BP disse que o acordo é o seu maior compromisso de exploração e marca a volta da empresa à Líbia após uma ausência de mais de 30 anos.
"Com sua potencialidade de grandes recursos de gás, localização geográfica favorável e melhora no clima de investimentos, a Líbia tem uma enorme oportunidade de ser uma fonte de energia mais limpa para o mundo", disse o executivo-chefe da BP, Tony Hayward, em nota.
Blair fez sua primeira visita à Líbia em 2004, selando o retorno de Trípoli à comunidade internacional, depois que Khadaffi abandonou a busca por armas nucleares e aceitou pagar indenizações a parentes das vítimas da explosão de 1988 de um avião da Pan Am sobre a Escócia.
Esta é a última viagem de Blair à África, já que em 27 de junho ele entrega o cargo ao seu ministro das Finanças, Gordon Brown, depois de dez anos como premiê.
Blair também vai a Serra Leoa e África do Sul, preparando-se para a cúpula da semana que vem do G8 (bloco de países industrializados) na Alemanha, cuja pauta será dominada pela África e a mudança climática. Ele aproveita também para fazer campanha por um acordo comercial global.
Khadaffi disse em março à BBC que a Líbia não foi adequadamente recompensada por abdicar das armas nucleares, e que por isso países como Irã e Coréia do Norte não estão seguindo o exemplo. Assessores haviam dito que Blair discutiria com as autoridades líbias também a questão de Darfur, região sudanesa para onde a ONU pretende enviar uma tropa de paz a fim de conter a guerra civil que já matou cerca de 200 mil pessoas desde 2003.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/224673/visualizar/
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