Preço do álcool registra mais uma queda na Capital de MT
A “maluquice” do mercado, como definiu o superintendente do Sindicato das Usinas Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindácool), Jorge dos Santos, está diretamente relacionada à sobra de cerca de 3 bilhões de litros de álcool que deveriam ter sido exportados e não foram.
Somam ao cenário atual a oferta maior neste período de safra e as liminares que limitam as margens de lucro de até 20%. Desde o final do ano passado, o Ministério Público Estadual (MPE) limitou a margem de lucro em 20 postos revendedores em até 20%, como força de resguardar o consumidor. Com a interferência da Justiça, postos tiveram que reduzir margens e isso forçou a redução de preços automática em outros estabelecimentos, a conhecida “guerra de preços”.
Em outra ofensiva “contra a abusividade de preços na revenda do álcool hidratado em Cuiabá”, o MPE encaminhou no começo de abril à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, em Brasília, uma representação contra 119 postos de Cuiabá e 65 de Várzea Grande. O documento contém informações sobre o comportamento do segmento desde 2002. O objetivo desta ação é impor medidas punitivas previstas na Lei Antitruste, como multas sobre o faturamento das empresas denunciadas. “A SDE pode impor medidas preventivas e de forma ágil”, justifica.
ANP
Levantamento feito da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nas quatro últimas semanas, mostra a redução nos preços do álcool hidratado em Cuiabá. Na pesquisa que sondou os valores de bomba de 29 de abril a 5 deste mês, o litro tinha média em Cuiabá de R$ 1,672 e na sondagem da semana passada, o preço médio caiu para R$ 1,488, redução de R$ 0,18, ou 11% em um mês.
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