Pai que esqueceu bebê em carro é denunciado por homicídio
A Promotoria decidiu não oferecer ao acusado a suspensão condicional do processo. O promotor Ricardo Manuel Castro diz, no texto encaminhado à 6ª Vara Criminal de Guarulhos, que é "lícito" o pai passar pelo constrangimento do processo criminal "para demonstrar que a sociedade reprova a sua conduta como péssimo pai e ser humano".
Castro afirma ainda que, apesar de o pai não ter antecedentes criminais, "é de se registrar que a culpa com que agiu para causar a morte de seu filho é de extrema gravidade e gera repugnância social" e que "é incompreensível (...) que um pai possa colocar seus interesses pessoais -trabalho ou diversão no computador- acima do bem-estar de seu filho".
Na opinião do advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho, o promotor foi excessivamente duro. "Por mais que seja culpa dele e que a acusação seja passível, ignorar a sofrimento do pai é de uma frieza alheia à natureza humana." Segundo ele, em caso como esse, a lei "prevê até pena nenhuma". A Folha não encontrou o biólogo.
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