Mapa solicita volta do fornecimento de carne para Rússia
De acordo com o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), as justificativas apresentadas para suspender cinco estabelecimentos não são tecnicamente consistentes -- os técnicos russos suspeitam de falsificação nos certificados sanitários internacionais e alegam ter encontrado indícios de irregularidades nos rótulos dos produtos. A missão de inspetores russos deixará o Brasil hoje, após ter visitado frigoríficos em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás e São Paulo. A partir de hoje, todos os frigoríficos que tiveram o fornecimento de carne suspenso pelo governo russo receberão visitas de fiscais do Mapa. "Vamos avaliar a situação de cada um deles e enviar as informações para o serviço veterinário russo", informa Ari Crespim, coordenador de programas especiais do DIPOA/SDA. "A decisão sobre a volta no fornecimento, no entanto, dependerá de decisão das autoridades em Moscou", completa.
Os técnicos do Ministério da Agricultura iniciaram hoje as visitas em São Paulo, onde seis plantas tiveram o fornecimento de carne para a Rússia suspenso.
Em Goiás, dois frigoríficos estão na mesma situação; em Mato Grosso, um e no Rio Grande do Sul, dois. As visitas dos fiscais do Mapa devem seguir até o fim desta semana.
O Ministério da Agricultura anunciou, na semana passada, medidas para evitar a falsificação de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs). A partir de julho deste ano, o papel usado na impressão dos CSIs conterá elementos de segurança semelhante àqueles usados no papel-moeda. Além disso, o Sistema de Certificação Eletrônica do Mapa está sendo revisado. As mudanças devem entrar em vigor a partir de setembro e, com isso, espera-se que as autoridades veterinárias dos países importadores possam o confirmar a autenticidade dos CSIs por meio do próprio site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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