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Internacional
Segunda - 28 de Maio de 2007 às 15:41

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A manifestação contra a reunião de ministros do Exterior da União Européia (UE) e da Ásia, realizada na cidade alemã de Hamburgo, foi interrompida nesta segunda-feira devido à presença maciça de policiais nas ruas da cidade alemã.

O protesto seria uma prévia das ações que devem ser realizadas na cúpula do G8 (Rússia e os sete países mais ricos do mundo: Itália, Reino Unido, Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá e Japão), na próxima semana, no balneário de Heiligendamm. Havia cerca de 4.000 manifestantes, um quarto deles vindos de outros países da Europa.

No começo da manifestação, houve incidentes isolados entre a polícia e alguns grupos violentos, e algumas pessoas foram presas. No entanto, segundo a polícia, a maioria dos ativistas protestou pacificamente.

Alguns se enrolaram em faixas que diziam "Crítica=Terror", em alusão às operações policiais preventivas efetuadas há mais de uma semana em Berlim e Hamburgo contra membros de organizações antiglobalização.

A ação policial foi considerada "desmedida", não só pelos ativistas, mas por inúmeros políticos, que viram nela uma tentativa de tratar os críticos da globalização como terroristas.

Fim da manifestação

O protesto de hoje se estendeu --após inúmeras interrupções por parte da polícia-- até uma praça próxima ao centro, onde os organizadores anunciaram o fim da manifestação devido à grande quantidade de policiais.

A polícia cortou o acesso a todas as ruas que levam à parte antiga da cidade e ordenou aos manifestantes que abandonassem a praça.

A maioria dos manifestantes acatou a ordem, mas muitos trabalhadores autônomos permaneceram na praça até a polícia intervir, lançando jatos de água.

Um grupo desses trabalhadores se dirigiu ao Schanzenviertel, o bairro no qual costuma atuar o "núcleo duro" do movimento antiglobalização, onde foram erguidas as primeiras barricadas.

Desde os anos 1980, quando muitos sem-teto conseguiram casas desocupadas na área, Hamburgo é, junto a Berlim, a cidade com o maior movimento de ativistas radicais.

Encontro

No chamado "Encontro Ásia Europa" (Asia Europe Meeting, ou Asem), que termina amanhã, os ministros dos 27 países-membros da UE e de 16 governos asiáticos discutirão o aquecimento global, os conflitos no Afeganistão, no Iraque e no Oriente Médio e o programa nuclear do Irã.

Após a reunião de Hamburgo, alguns grupos de ativistas já anunciaram que continuarão rumo a Rostock, onde, no final de semana, serão realizadas as primeiras manifestações contra a cúpula do G8. Depois, o grupo deve seguir para Heiligendamm, no Mar Báltico.





Fonte: EFE

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