Prefeitura de Cuiabá promove Semana contra o Tabaco
“Muito mais que oferecer tratamento aos pacientes do SUS, a secretaria tem o dever de promover educação em saúde com o fim de prevenir doenças e garantir plenas condições de vida à população”, reconhece o titular da pasta, secretário Guilherme Maluf, que tem dedicado especial atenção ao setor de Educação em Saúde da SMS justamente por compreender a importância do trabalho preventivo.
Maluf lembra que pesquisas do Ministério da Saúde estimam que, no Brasil, a cada ano, 80 mil pessoas morram precocemente devido ao tabagismo, número que vem aumentando ano a ano. Em outras palavras, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro. “As doenças associadas ao uso do cigarro revelam a abrangência dos efeitos nocivos do uso do fumo”, ressalta o gestor, anunciando que a partir de junho duas policlínicas passarão a ser referência em atendimento ao fumante.
Ainda de acordo com o MS, o fumo é responsável por 30% das mortes por câncer e 90% das mortes por câncer de pulmão. Os outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero. Os números ainda apontam que 25% das mortes causadas pelo uso do cigarro provocam doenças coronarianas tais como angina e infarto do miocárdio. Finalmente, o fumo é responsável por 25% das mortes por doenças cerebrovasculares entre elas derrame cerebral.
Guilherme Maluf ainda alerta que outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro e ampliam a gravidade das conseqüências de seu uso são aneurismas arteriais, úlceras do trato digestivo e infecções respiratórias. “Sabemos que parar de fumar não é uma atitude fácil de tomar. Porém, é preciso que o fumante esteja consciente de que pode morrer caso não elimine o vício”, frisa o secretário, que já prepara outras campanhas educativas a exemplo da prevenção da gravidez na adolescência e saúde bucal.
ALERTA - Até setecentos aditivos químicos talvez entrem nos ingredientes utilizados na fabricação de cigarros. No entanto, constam entre os ingredientes matais pesados, pesticidas e inseticidas. Alguns são tão tóxicos que é ilegal despejá-los em aterros. Aquela atraente espiral de fumaça está repleta de umas 4.000 substâncias, entre as quais acetona, arsênico, butano, monóxido de carbono e cianido. Os pulmões dos fumantes e de quem está perto ficam expostos a pelo menos 43 substâncias comprovadamente cancerígenas.
A História do Tabaco
O uso do tabaco surgiu aproximadamente no ano 1000 a.C., nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágicos-religiosos. A planta, cientificamente chamada Nicotiana Tabacum, chegou ao Brasil provavelmente pela migração de tribos tupis-guaranis. Quando os portugueses aqui desembarcaram, tomaram conhecimento do tabaco pelo contato com os índios. A partir do século XVI, o seu uso disseminou-se pela Europa, introduzido por Jean Nicot, diplomata francês vindo de Portugal, com utilização até para curar as enxaquecas de Catarina de Médici, rainha da França.
Suas folhas foram comercializadas sob a forma de fumo para cachimbo, rapé, tabaco para mascar e charuto, até que, no final do século XIX, iniciou-se a sua industrialização sob a forma de cigarro. Seu uso espalhou-se de forma epidêmica por todo o mundo a partir de meados do século XX, ajudado pelo desenvolvimento de técnicas avançadas de publicidade e marketing. A folha do tabaco, pela importância econômica do produto no Brasil, foi incorporada ao brasão da República.
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