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Terça - 16 de Abril de 2013 às 17:54
Por: Darwin Júnior

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Foto: Reprodução/G1
Livro de curso da Copa ‘debocha’ de MT e caso vai para a polícia



O conteúdo de um livro de história dos municípios de Mato Grosso utilizado em um curso de capacitação gratuito para a Copa 2014, oferecido pelo Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) provocou forte polêmica nesta terça-feira e acabou virando um caso de polícia. Com conteúdo distorcido da história do Estado e exibindo termos chulos e xingamentos, a apostila seria utilizada por alunos do curso de qualificação para atendente em hotelaria e turismo. Ao constatar o fato, a Setas exigiu da editora investigação policial e adiou o início do curso que deveria começar esta semana em Santo Antônio do Leverger. Existe suspeita de sabotagem.

O livro foi editado pelo Instituto Concluir, de Cuiabá, que confeccionou 7.000 livros. Destes, 40 apresentaram em seus textos, conteúdo distorcido como “índios tabajaras, freiras lésbicas celibatárias, pântano, cidade porcaria, c... do mundo", entre outros. O conteúdo destes livros foi detectado a tempo e não chegou a ser distribuído para os candidatos. No entanto, o episódio causou constrangimento à secretária da pasta, Roseli Barbosa que se afirmou ‘entristecida’ com o acontecimento e exigiu a apuração rápida dos fatos.

A assessoria de imprensa da Setas informou que assim que tomou conhecimento do fato, a secretaria determinou ao Instituto Concluir o registro de boletim de ocorrência na polícia e investigação. Com sede em Cuiabá, o Instituto Concluir, que é responsável pela ministração do curso e confecção dos livros,informou que acredita se tratar de uma ‘sabotagem’ supostamente cometida por uma ex-funcionária da instituição após ser demitida. Segundo o instituto, todo o material é revisado por uma equipe técnica antes da impressão. O diretor do instituto, Aroldo Portela informou que após a descoberta do erro, as apostilas foram recolhidas. Segundo ele, foi instaurado um procedimento administrativo para apurar a irregularidade. “Nosso objetivo é corrigir o erro”, disse ele.

Uma publiação do G1 Mato Grosso na tarde desta terça-feira, aponta que no texto sobre Barão de Melgaço, o livro diz que se trata de um pântano, com apenas 2,5% de terra fime. "De acordo com lendas passadas de geração em geração, a primeira habitação naquele "c... de mundo" foi feita por um tal de Lourenço Tomé em meados do século XIX, que cuidava de uma pequena roça produtora de sanguessugas medicinais". O município também é chamado, no livro, de "atoleiro inóspito" e de "porcaria". "Povoado tornou-se município em 1953, porque é tão longe de Cuiabá que nem se deram ao trabalho de tornar essa porcaria num distrito da capital. Atualmente é só mais um fétido brejo no oeste do Brasil", diz outro trecho da apostila, com a qual os alunos vinham estudando há cerca de 15 dias. 

A direção do Instituto Concluir que preparou a publicação, emitiu ontem nota de esclarecimento sobre o caso. Confira:








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