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Nacional
Segunda - 28 de Maio de 2007 às 10:15

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A Polícia Federal realiza, nesta segunda-feira, a Operação Ouro Negro, em Foz do Iguaçu, com o objetivo de acabar com uma quadrilha especializada em contrabando. Foram expedidos mandados de prisão e 43 de busca e apreensão. A quadrilha atuava, basicamente, na região do Lago de Itaipu. Participam da operação 157 policias federais que cumprem os mandados em quase toda a costa oeste do Estado do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Desde outubro de 2005, a operação resultou na apreensão de cerca de R$ 2,3 milhões em mercadorias e 21 prisões em flagrante.

A princípio, segundo a PF, acreditava-se que a quadrilha era especializada no contrabando de pneus, motivo pelo qual se denominou a Operação de Ouro Negro. Posteriormente, detectou-se que eles variavam o produto contrabandeado de acordo com o mercado e facilidade de escoamento.

O contrabando normalmente tinha início na compra de grande quantidade de mercadorias no Paraguai e sua conseqüente distribuição pelo Brasil. O fornecedor paraguaio ficava responsável pela colocação do produto em local pré-determinado na margem paraguaia do Lago de Itaipu, por onde a grande maioria das mercadorias atravessava para o Brasil. Os produtos eram recepcionados por brasileiros que residem no Paraguai e possuem fazendas às margens do Lago e estocados em depósitos, até a passagem pelo Lago que era feita com barcos e balsas.

Ao chegar ao porto brasileiro, os volumes eram carregados em caminhões de pequeno e médio porte e transportados até um depósito, normalmente localizado em zona rural nas proximidades do porto utilizado. O transporte até o destinatário final era feito normalmente através de caminhões de grande porte e carretas, com os volumes escondidos em fundos falsos. Os pagamentos eram feitos em contas correntes de terceiros, para evitar o rastreamento dos verdadeiros credores.

Os presos responderão pelos crimes de contrabando (art.334), formação de quadrilha (288) e corrupção ativa (333) e passiva (317). As penas somadas podem chegar a 8 anos de prisão.





Fonte: Último Segundo

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