Feridos em simulação policial em MT permanecem internados
"Acredita-se que um dos policiais militares tenha, por engano, colocado munição real em sua arma no lugar da munição de festim", informou a PM.
Atingido na cabeça, Luiz Henrique Dias Bulhões, 13, morreu no hospital. Outras dez pessoas ficaram feridas. As vítimas assistiam à simulação da PM --parte de um mutirão de serviços promovido pela prefeitura-- no bairro Jardim das Flores, na periferia da cidade.
A professora Purcina Adriano Ferreira, 33, está com três estilhaços de bala --um na cabeça e outros dois acima do olho--, afirmou o diretor da escola onde ela trabalha, Adevaldo Carvalho.
A reportagem não localizou o médico que cuida da professora. "O melhor é que ela não ficará com seqüelas. Está enxergando normalmente", disse Carvalho.
Também estão internados William César Arruda Batista, 10, com um estilhaço na cabeça, Jéssica Gonçalves Silva, 9, ferida nas nádegas, e o soldado da PM Gilberto Carlos Pires do Nascimento, 29.
"O estilhaço foi retirado da cabeça de William. Ele receberia alta hoje, mas o médico preferiu deixá-lo em observação por causa de um inchaço na cabeça", afirmou Carvalho.
A PM informou que sete soldados e um tenente, participantes da simulação, foram afastados de suas funções e estão reclusos em um quartel.
Os policiais pertencem ao GOE (Grupo de Operações Especiais). Armados com escopeta calibre 12 e fuzil 762, eles simularam a invasão em um ônibus. Dentro do veículo, outros policiais faziam o papel de seqüestradores. Houve tiroteio que devia ocorrer com balas de festim.
Segundo o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), que acompanha a investigação do caso feita pela PM, a bala que matou o menino saiu de uma escopeta e partiu de dentro do ônibus.
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