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Elenco de 'Alta Estação' grava em ritmo de despedida
Alta Estação duraria quatro anos, período ideal para que os personagens centrais da trama, todos calouros, conseguissem se formar na universidade. Mas a Record resolveu jubilar a turma. De repente, toda a equipe soube que, depois de apenas sete meses, o folhetim vai terminar. Desde então, o baixo-astral domina os estúdios.
Durante as gravações das cenas que vão ao ar nas duas últimas semanas, entre um erro ou esquecimento de fala de uma atriz, o diretor João Camargo chama a atenção. "Vamos nos concentrar, poxa! Gravar bem e com dignidade essa reta final", alertou, deixando transparecer o clima de fim de festa que ronda os estúdios.
Entre os atores, o sentimento era de desolação. Mas para amenizar, alguns buscavam descontrair o ambiente. No cenário que representa o apartamento das meninas da trama, a atriz Andréia Horta brinca com o pessoal da produção. "Quando a gente se separar, o que vai doer muito, não se esqueçam desse barulho", disse em alto e bom tom, ligando o aspirador de pó portátil.
Com o gesto, a atriz recordava uma das marcas engraçadas de sua personagem Renata: a mania por limpeza. Ela conseguiu quebrar o gelo e tirar uma gargalhada da equipe. "Eu não sei se fazer novela é sempre bom assim, mas a gente riu muito em todo esse tempo", emendou a atriz, que se destacou bastante na trama e, antes desse trabalho, só tinha participado da minissérie JK, da Globo, como Márcia Kubitschek.
Quem chega em seguida para gravar é Guilherme Boury, que interpreta Caio na história. Filho da autora, o rapaz mostrou competência e jogo de cintura para encarnar seu papel desde o início. Conseguiu lidar bem com qualquer cobrança extra pelo fato de estar em um trabalho desenvolvido pela mãe e foi uma das melhores surpresas de Alta Estação.
Outra que também despontou ao representar com uma naturalidade de veterana foi Lana Rodes, a Flávia da novela. O bom humor é uma das marcas da personagem e a atriz também mantém a mesma postura nos últimos dias de gravação. Mas é só o diretor gritar "corta" para a moça também se lamentar para a colega de elenco. "Fiquei triste porque vi que não vai mais rolar a cena em que você vai embora da república", lamenta Lana para Andréia.
Nos camarins, depois de mudar de roupa e enquanto aguarda ser chamada para a próxima cena, Lana abre o coração em relação ao fim abrupto de Alta Estação. "Achei injusta essa decisão. É um bom produto, que a emissora resolveu mudar no meio do caminho", critica, ao defender que faltou investimento e definição de horário para a novela. O folhetim, que inicialmente era exibido às 18h, enfrentou incontáveis mudanças de horário enquanto esteve no ar. Chegou a marcar 14 pontos de audiência em determinados momentos, mas nos últimos tempos mantinha seis de média.
Quem também circulava pelos corredores do Recnov, complexo de estúdios da Record no Rio, era a autora Margareth Boury. Obrigada a reescrever capítulos e criar os desfechos dos personagens às pressas - a novela termina no dia primeiro de junho -, ela também não escondia a decepção. "Faz parte do processo. Tudo o que começa, um dia acaba. Só não sabia que ia ser tão rápido", lamenta a autora.
Durante as gravações das cenas que vão ao ar nas duas últimas semanas, entre um erro ou esquecimento de fala de uma atriz, o diretor João Camargo chama a atenção. "Vamos nos concentrar, poxa! Gravar bem e com dignidade essa reta final", alertou, deixando transparecer o clima de fim de festa que ronda os estúdios.
Entre os atores, o sentimento era de desolação. Mas para amenizar, alguns buscavam descontrair o ambiente. No cenário que representa o apartamento das meninas da trama, a atriz Andréia Horta brinca com o pessoal da produção. "Quando a gente se separar, o que vai doer muito, não se esqueçam desse barulho", disse em alto e bom tom, ligando o aspirador de pó portátil.
Com o gesto, a atriz recordava uma das marcas engraçadas de sua personagem Renata: a mania por limpeza. Ela conseguiu quebrar o gelo e tirar uma gargalhada da equipe. "Eu não sei se fazer novela é sempre bom assim, mas a gente riu muito em todo esse tempo", emendou a atriz, que se destacou bastante na trama e, antes desse trabalho, só tinha participado da minissérie JK, da Globo, como Márcia Kubitschek.
Quem chega em seguida para gravar é Guilherme Boury, que interpreta Caio na história. Filho da autora, o rapaz mostrou competência e jogo de cintura para encarnar seu papel desde o início. Conseguiu lidar bem com qualquer cobrança extra pelo fato de estar em um trabalho desenvolvido pela mãe e foi uma das melhores surpresas de Alta Estação.
Outra que também despontou ao representar com uma naturalidade de veterana foi Lana Rodes, a Flávia da novela. O bom humor é uma das marcas da personagem e a atriz também mantém a mesma postura nos últimos dias de gravação. Mas é só o diretor gritar "corta" para a moça também se lamentar para a colega de elenco. "Fiquei triste porque vi que não vai mais rolar a cena em que você vai embora da república", lamenta Lana para Andréia.
Nos camarins, depois de mudar de roupa e enquanto aguarda ser chamada para a próxima cena, Lana abre o coração em relação ao fim abrupto de Alta Estação. "Achei injusta essa decisão. É um bom produto, que a emissora resolveu mudar no meio do caminho", critica, ao defender que faltou investimento e definição de horário para a novela. O folhetim, que inicialmente era exibido às 18h, enfrentou incontáveis mudanças de horário enquanto esteve no ar. Chegou a marcar 14 pontos de audiência em determinados momentos, mas nos últimos tempos mantinha seis de média.
Quem também circulava pelos corredores do Recnov, complexo de estúdios da Record no Rio, era a autora Margareth Boury. Obrigada a reescrever capítulos e criar os desfechos dos personagens às pressas - a novela termina no dia primeiro de junho -, ela também não escondia a decepção. "Faz parte do processo. Tudo o que começa, um dia acaba. Só não sabia que ia ser tão rápido", lamenta a autora.
Fonte:
TV Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225121/visualizar/
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