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Irregularidades e eleitores marcam plebiscito sírio
Os sírios começaram na manhã de hoje a comparecer aos colégios eleitorais para decidir se mantêm no poder o presidente Bashar al-Assad, em um plebiscito com muitas irregularidades e no qual a vitória do dirigente já é dada como certa.
Em diversas áreas de votação no centro da capital síria, o número de eleitores de amanhã era grande e muitas das urnas já estavam cheias até a metade.
No entanto, a participação aparentemente alta - apesar de não haver ainda números oficiais - foi acompanhada por irregularidades. A presidente de uma mesa em um colégio eleitoral no centro de Damasco ofereceu a um jornalista da Efe uma cédula para que também votasse, mas o gesto foi repreendido e evitado pelo responsável da segurança.
Além disso, alguns eleitores puderam votar várias vezes, ao entregar diferentes documentos de identidade, e não havia cabines ou alguma forma nos colégios de garantir o voto secreto.
O dia começou em meio a um ambiente festivo, que caracterizou todo o período anterior ao plebiscito, descrito pela imprensa como "esperadas". Dentro dos colégios eleitorais, continua a campanha a favor do "sim" a Assad, para que inicie um novo mandato de sete anos. "É a primeira vez em 20 anos que votei relaxado", diz Ahmad, um eleitor que garante que todo o país votará.
Longe dos centros eleitorais, no entanto, as pessoas se mostram mais cautelosas e, na maioria das vezes, preferem não fazer declarações. Cerca de 12 milhões de sírios, de um total de 18,5 milhões habitantes, foram convocados ao plebiscito. Fontes oficiais afirmaram que a votação está tendo uma "grande participação, sem precedentes", em todas as províncias.
Assad acaba de concluir seu primeiro mandato, que começou em julho de 2000, um mês depois da morte de seu pai, Hafez al-Assad. O atual presidente sírio foi escolhido como candidato único pelo partido Baath, atualmente no poder, e ratificado primeiro pelo Parlamento, depois pelo povo, em um plebiscito no qual a porcentagem de votos a favor chegou a 97,29%.
Os colégios eleitorais abriram às 7h (1h de Brasília) e devem fechar às 19h, mas alguns podem permanecer abertos até as 22h, no caso de haver muitos eleitores.
Em alguns centros, onde balas estavam sendo distribuídas aos eleitores, não havia cabines onde preencher as cédulas.
Os presidentes de algumas mesas não eram suficientes para entregar as cédulas, uma por cada carteira de identidade, devido à grande quantidade de pessoas que se amontoava junto às urnas.
Entre fotos do presidente, canções patrióticas e doces árabes, os sírios preenchiam suas cédulas sobre as urnas, nas costas de outra pessoa ou como conseguiam. Todos votavam "sim", e não o faziam secretamente.
"O ''sim'' é esse, não?", perguntava um homem ao presidente da mesa eleitoral. "Sim, o verde", respondia outro cidadão que estava perto, deixando claro a todos que votou a favor de Assad.
Na Síria, não são permitidos os partidos de oposição. Os críticos do Governo, na maioria no exílio, condenaram o plebiscito por considerá-lo antidemocrático e pediram o boicote.
No entanto, os sites nos quais esses grupos manifestam suas posições são censurados na Síria. No último congresso do partido Baath, realizado em 2005, foi levantada a idéia de se criarem partidos políticos e de amenizar as medidas de emergência, vigentes desde 1963.
Apesar das promessas, no entanto, o regime ainda não deu nenhum passo nessa direção.
O ministro do Interior sírio, Bassam Abdelmajid, deve anunciar oficialmente os resultados do plebiscito amanhã às 18h (12h de Brasília), na Assembléia do Povo (Parlamento) em uma sessão extraordinária.
Em diversas áreas de votação no centro da capital síria, o número de eleitores de amanhã era grande e muitas das urnas já estavam cheias até a metade.
No entanto, a participação aparentemente alta - apesar de não haver ainda números oficiais - foi acompanhada por irregularidades. A presidente de uma mesa em um colégio eleitoral no centro de Damasco ofereceu a um jornalista da Efe uma cédula para que também votasse, mas o gesto foi repreendido e evitado pelo responsável da segurança.
Além disso, alguns eleitores puderam votar várias vezes, ao entregar diferentes documentos de identidade, e não havia cabines ou alguma forma nos colégios de garantir o voto secreto.
O dia começou em meio a um ambiente festivo, que caracterizou todo o período anterior ao plebiscito, descrito pela imprensa como "esperadas". Dentro dos colégios eleitorais, continua a campanha a favor do "sim" a Assad, para que inicie um novo mandato de sete anos. "É a primeira vez em 20 anos que votei relaxado", diz Ahmad, um eleitor que garante que todo o país votará.
Longe dos centros eleitorais, no entanto, as pessoas se mostram mais cautelosas e, na maioria das vezes, preferem não fazer declarações. Cerca de 12 milhões de sírios, de um total de 18,5 milhões habitantes, foram convocados ao plebiscito. Fontes oficiais afirmaram que a votação está tendo uma "grande participação, sem precedentes", em todas as províncias.
Assad acaba de concluir seu primeiro mandato, que começou em julho de 2000, um mês depois da morte de seu pai, Hafez al-Assad. O atual presidente sírio foi escolhido como candidato único pelo partido Baath, atualmente no poder, e ratificado primeiro pelo Parlamento, depois pelo povo, em um plebiscito no qual a porcentagem de votos a favor chegou a 97,29%.
Os colégios eleitorais abriram às 7h (1h de Brasília) e devem fechar às 19h, mas alguns podem permanecer abertos até as 22h, no caso de haver muitos eleitores.
Em alguns centros, onde balas estavam sendo distribuídas aos eleitores, não havia cabines onde preencher as cédulas.
Os presidentes de algumas mesas não eram suficientes para entregar as cédulas, uma por cada carteira de identidade, devido à grande quantidade de pessoas que se amontoava junto às urnas.
Entre fotos do presidente, canções patrióticas e doces árabes, os sírios preenchiam suas cédulas sobre as urnas, nas costas de outra pessoa ou como conseguiam. Todos votavam "sim", e não o faziam secretamente.
"O ''sim'' é esse, não?", perguntava um homem ao presidente da mesa eleitoral. "Sim, o verde", respondia outro cidadão que estava perto, deixando claro a todos que votou a favor de Assad.
Na Síria, não são permitidos os partidos de oposição. Os críticos do Governo, na maioria no exílio, condenaram o plebiscito por considerá-lo antidemocrático e pediram o boicote.
No entanto, os sites nos quais esses grupos manifestam suas posições são censurados na Síria. No último congresso do partido Baath, realizado em 2005, foi levantada a idéia de se criarem partidos políticos e de amenizar as medidas de emergência, vigentes desde 1963.
Apesar das promessas, no entanto, o regime ainda não deu nenhum passo nessa direção.
O ministro do Interior sírio, Bassam Abdelmajid, deve anunciar oficialmente os resultados do plebiscito amanhã às 18h (12h de Brasília), na Assembléia do Povo (Parlamento) em uma sessão extraordinária.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225123/visualizar/
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