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Walter Salles: O futuro é dos países que saibam se reinventar
O diretor brasileiro Walter Salles ressaltou hoje a importância do cinema, "em um mundo em transformação", onde "só os países que saibam se reinventar poderão ter um verdadeiro papel a desempenhar".
"O cinema é uma capacidade de imaginar outro mundo, um mundo possível", pois conta quem você é e para onde você vai, por isso, em um mundo em transformação, tem um papel ainda mais determinante", disse à agência Efe o realizador de "Diários da Motocicleta" (2005).
Este ato de "criatividade coletiva é fundamental", afirmou o cineasta, que hoje foi o padrinho do Dia da Europa do Festival de Cannes.
"O cinema pode ajudar um país a se conhecer e também a se imaginar, e se não imaginamos o que podemos alcançar não o alcançaremos", ressaltou.
Por isso, "o suporte do cinema é uma forma de resistência cultural, de identidade cultural, e é ainda mais importante do que foi já nos últimos anos", disse.
O diretor de "Central do Brasil" (1998) foi hoje o convidado especial do dia de debates organizado pela comissária européia para Sociedade da Informação e Meios de Comunicação, Viviane Reding, e o presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob.
Os debates se centraram nos efeitos das novas tecnologias no cinema europeu e as transformações que as novas plataformas de difusão, como internet e a telefonia celular, trazem para a criação e o mercado do cinema.
Para Walter Salles, a diversidade e a pluralidade cultural só poderão ser respeitadas "com alguma forma de regulamentação dessas novas tecnologias".
"Falei com outros produtores do filme coletivo que lembrou o 60º aniversário de Cannes e acho que todos temos um pouco esta mesma percepção das novas tecnologias", explicou.
Seria fatídico que se deixassem regular "pela lei do mercado".
"Se não se consegue determinar uma diretriz democrática para a utilização dessas novas tecnologias, para que permitam conhecer a identidade cultural de cada país, conhecer um pouco mais o mundo, então (as novas tecnologias) não servem para nada, mais que para uma "espécie de ''macdonaldização'' da cultura", falou Salles Por isso acrescentou, "é muito importante regulamentar estes novos territórios".
"Na era da globalização, o mercado só está interessado na concentração, em produzir mais para os mesmos, interessado nas mesmas imagens, então as novas tecnologias se limitam a reproduzir a cultura dominante", lembrou o cineasta brasileiro.
O Festival de Cannes comemorou no domingo passado seu 60º aniversário com a estréia de um filme composto por 33 curtas-metragens de três minutos, realizados por 35 grandes cineastas dos cinco continentes, entre eles Walter Salles, que por incumbência do presidente do evento trabalhou sobre o tema "sala de cinema".
A sala de cinema é também este ano o fio condutor de toda a 60ª edição da mostra.
Este ato de "criatividade coletiva é fundamental", afirmou o cineasta, que hoje foi o padrinho do Dia da Europa do Festival de Cannes.
"O cinema pode ajudar um país a se conhecer e também a se imaginar, e se não imaginamos o que podemos alcançar não o alcançaremos", ressaltou.
Por isso, "o suporte do cinema é uma forma de resistência cultural, de identidade cultural, e é ainda mais importante do que foi já nos últimos anos", disse.
O diretor de "Central do Brasil" (1998) foi hoje o convidado especial do dia de debates organizado pela comissária européia para Sociedade da Informação e Meios de Comunicação, Viviane Reding, e o presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob.
Os debates se centraram nos efeitos das novas tecnologias no cinema europeu e as transformações que as novas plataformas de difusão, como internet e a telefonia celular, trazem para a criação e o mercado do cinema.
Para Walter Salles, a diversidade e a pluralidade cultural só poderão ser respeitadas "com alguma forma de regulamentação dessas novas tecnologias".
"Falei com outros produtores do filme coletivo que lembrou o 60º aniversário de Cannes e acho que todos temos um pouco esta mesma percepção das novas tecnologias", explicou.
Seria fatídico que se deixassem regular "pela lei do mercado".
"Se não se consegue determinar uma diretriz democrática para a utilização dessas novas tecnologias, para que permitam conhecer a identidade cultural de cada país, conhecer um pouco mais o mundo, então (as novas tecnologias) não servem para nada, mais que para uma "espécie de ''macdonaldização'' da cultura", falou Salles Por isso acrescentou, "é muito importante regulamentar estes novos territórios".
"Na era da globalização, o mercado só está interessado na concentração, em produzir mais para os mesmos, interessado nas mesmas imagens, então as novas tecnologias se limitam a reproduzir a cultura dominante", lembrou o cineasta brasileiro.
O Festival de Cannes comemorou no domingo passado seu 60º aniversário com a estréia de um filme composto por 33 curtas-metragens de três minutos, realizados por 35 grandes cineastas dos cinco continentes, entre eles Walter Salles, que por incumbência do presidente do evento trabalhou sobre o tema "sala de cinema".
A sala de cinema é também este ano o fio condutor de toda a 60ª edição da mostra.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225174/visualizar/
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