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Feirão da Casa Própria recebe 20 mil pessoas em duas horas
SÃO PAULO - Milhares de pessoas acordaram nesta fria manhã deste sábado, 26 na capital paulista dispostos a encarar uma maratona para realizar o sonho da casa própria. Apenas nas primeiras duas horas de funcionamento do 3.º Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal, o evento recebeu cerca de 20 mil visitantes. Na quinta e sexta-feira, 54 mil pessoas passaram pelos estandes das construtoras e imobiliárias participantes. A expectativa da Caixa é que esta edição do feirão receba 150 mil interessados até domingo, 27. No ano passado, foram 146 mil visitantes.
A fila para entrar no pavilhão azul do Expo Center Norte superou os 500 metros no final da manhã e ainda era grande por volta das seis da tarde. Vale ressaltar que idosos, deficientes e pessoas com crianças têm acesso preferencial. Além da espera para entrar, as famílias também precisavam de paciência para enfrentar o trânsito nas avenidas Otto Baumgart e Zaki Narchi. Neste domingo, o funcionamento será das 10h às 18 horas.
Estão sendo oferecidos 60 mil imóveis, localizados na grande São Paulo e Baixada Santista, sendo 24 mil novos ou em construção, distribuídos por 193 empreendimentos. O comprador pode financiar até 100% do valor da casa própria e também utilizar os recursos do FGTS. Para aqueles que não possuem emprego formal, a Caixa aceita comprovação de renda por meio de extratos de conta em banco ou de cartão de crédito.
Todos os serviços necessários para se efetuar a compra do imóvel estão disponíveis no feirão, desde corretores de imobiliárias, fotos e plantas de empreendimentos, passando pelos consultores da Caixa, até um cartório, onde é efetuado o registro do bem.
Facilidade
A facilidade de fechar negócio rapidamente e resolver toda a burocracia em um único lugar foi o principal motivo que levou Flávio Jeremias Gomes ao feirão. "Não tinha visto nada ainda. Cheguei aqui na sexta-feira, encontrei um apartamento interessante. No mesmo dia fui com o corretor visitar o imóvel e gostei. Neste sábado de manhã levei minha esposa lá, depois viemos pra cá para fechar o negócio", relata Gomes, que é coordenador de vendas de pacotes turísticos do Conrad Hotel & Casino. Ele comprou um apartamento de R$ 110 mil na zona Leste da capital e financiou 70% do valor. "Resolvemos tudo aqui", afirmou, enquanto pegava o registro do imóvel no cartório, por volta das 17 horas.
Já o casal Alexandre Maciel e Maria da Silva adotou outra estratégia para a compra da casa própria. Eles foram direto à central de atendimento da Caixa e conseguiram levantar uma carta de crédito de R$ 40 mil, para depois garimpar o imóvel dos sonhos. "Foi bem mais fácil do que eu imaginava", conta Maciel, que é técnico em telecomunicações. "Agora vamos atrás de uma casa em Guarulhos, onde mora a minha mãe, ou em Osasco, perto da mãe dela." O fato de Maria ser autônoma não impediu que ela utilizasse sua renda juntamente com Maciel. "Só precisei mostrar o registro (de autônoma) e comprovantes de qual é a minha renda", comentou.
As maiores filas do evento estão no estande de imóveis da própria Caixa. São cerca de 1.800 casas, apartamentos e terrenos que foram retomados pelo banco por falta de pagamento. Os preços, de forma geral, são abaixo da média do mercado para a localização do imóvel. Entretanto, muitos deles ainda estão ocupados pelos antigos donos. Neste caso, cabe ao comprador negociar com o morador a desocupação da residência. Além disso, é importante o interessado visitar o local para avaliar o estado de conservação antes de fechar negócio.
Outro estande bastante disputado é o da construtora Tenda, voltada à população de baixa renda. Cerca de 100 pessoas aguardavam para serem atendidas, de olho nos apartamentos a partir de R$ 51 mil, com prestações mensais de R$ 240,00. A empresa colocou 1.200 unidades à venda no feirão. No espaço da construtora Cury, a atração foi a visita do apresentador Milton Neves, garoto-propaganda da companhia.
Na área das imobiliárias, o movimento era intenso principalmente nas firmas com atuação na zona Leste de São Paulo. A imobiliária Mirante, que tem forte presença na zona Norte, participa pela primeira vez do feirão. "Está atendendo as nossas expectativas", afirma a corretora Áurea Alves. Segundo ela, a empresa estava próxima de concluir a venda de duas casas no feirão, uma de R$ 40 mil, e outra de R$ 200 mil. "A negociação está em andamento."
Compra finalizada
A Superintendente da Regional Penha da Caixa, Cely Mantovani, conta que a maior parte dos negócios é concluída nos quatro ou cinco meses após o feirão. "Muitos negócios são feitos aqui, mas a maior parte só acontece depois, pois as pessoas preferem avaliar a compra do imóvel com calma." Segundo ela, 901 compras foram finalizadas até sexta-feira, no montante de R$ 35,5 milhões, e outras 1.065 transações (R$ 49,5 milhões) estavam em andamento.
A expectativa da instituição é realizar 2.500 negócios até o final do feirão, totalizando R$ 150 milhões. Nos próximos quatro ou cinco meses serão fechados mais 20 mil aquisições decorrentes do feirão, com giro de R$ 1,2 bilhão. A edição de 2006 do feirão registrou 1798 operações (R$ 98,5 milhões) durante o evento e 14.500 vendas (R$ 783 milhões) nos meses seguintes.
"Esse crescimento mostra que o mercado imobiliário está muito aquecido. Isso é reflexo da queda dos juros e da maior facilidade ao crédito", explica Cely. A Caixa reduziu recentemente os juros, de 10,16% para 8,66% ao ano, para o chamado financiamento da faixa especial, que atinge as famílias com renda entre R$ 3,9 mil e R$ 4,9 mil.
Quem não estiver disposto a encarar a maratona no Expo Center Norte, pode obter informações dos imóveis à venda no site www.caixa.gov.br/habitacao/index.asp, inclusive após o término do feirão. Depois de São Paulo, o Feirão da Caixa segue para Salvador (1 a 3 de junho), Belo Horizonte (8 a 10 de junho), Recife (15 a 17 de junho) e Fortaleza (22 a 24 de junho).
A fila para entrar no pavilhão azul do Expo Center Norte superou os 500 metros no final da manhã e ainda era grande por volta das seis da tarde. Vale ressaltar que idosos, deficientes e pessoas com crianças têm acesso preferencial. Além da espera para entrar, as famílias também precisavam de paciência para enfrentar o trânsito nas avenidas Otto Baumgart e Zaki Narchi. Neste domingo, o funcionamento será das 10h às 18 horas.
Estão sendo oferecidos 60 mil imóveis, localizados na grande São Paulo e Baixada Santista, sendo 24 mil novos ou em construção, distribuídos por 193 empreendimentos. O comprador pode financiar até 100% do valor da casa própria e também utilizar os recursos do FGTS. Para aqueles que não possuem emprego formal, a Caixa aceita comprovação de renda por meio de extratos de conta em banco ou de cartão de crédito.
Todos os serviços necessários para se efetuar a compra do imóvel estão disponíveis no feirão, desde corretores de imobiliárias, fotos e plantas de empreendimentos, passando pelos consultores da Caixa, até um cartório, onde é efetuado o registro do bem.
Facilidade
A facilidade de fechar negócio rapidamente e resolver toda a burocracia em um único lugar foi o principal motivo que levou Flávio Jeremias Gomes ao feirão. "Não tinha visto nada ainda. Cheguei aqui na sexta-feira, encontrei um apartamento interessante. No mesmo dia fui com o corretor visitar o imóvel e gostei. Neste sábado de manhã levei minha esposa lá, depois viemos pra cá para fechar o negócio", relata Gomes, que é coordenador de vendas de pacotes turísticos do Conrad Hotel & Casino. Ele comprou um apartamento de R$ 110 mil na zona Leste da capital e financiou 70% do valor. "Resolvemos tudo aqui", afirmou, enquanto pegava o registro do imóvel no cartório, por volta das 17 horas.
Já o casal Alexandre Maciel e Maria da Silva adotou outra estratégia para a compra da casa própria. Eles foram direto à central de atendimento da Caixa e conseguiram levantar uma carta de crédito de R$ 40 mil, para depois garimpar o imóvel dos sonhos. "Foi bem mais fácil do que eu imaginava", conta Maciel, que é técnico em telecomunicações. "Agora vamos atrás de uma casa em Guarulhos, onde mora a minha mãe, ou em Osasco, perto da mãe dela." O fato de Maria ser autônoma não impediu que ela utilizasse sua renda juntamente com Maciel. "Só precisei mostrar o registro (de autônoma) e comprovantes de qual é a minha renda", comentou.
As maiores filas do evento estão no estande de imóveis da própria Caixa. São cerca de 1.800 casas, apartamentos e terrenos que foram retomados pelo banco por falta de pagamento. Os preços, de forma geral, são abaixo da média do mercado para a localização do imóvel. Entretanto, muitos deles ainda estão ocupados pelos antigos donos. Neste caso, cabe ao comprador negociar com o morador a desocupação da residência. Além disso, é importante o interessado visitar o local para avaliar o estado de conservação antes de fechar negócio.
Outro estande bastante disputado é o da construtora Tenda, voltada à população de baixa renda. Cerca de 100 pessoas aguardavam para serem atendidas, de olho nos apartamentos a partir de R$ 51 mil, com prestações mensais de R$ 240,00. A empresa colocou 1.200 unidades à venda no feirão. No espaço da construtora Cury, a atração foi a visita do apresentador Milton Neves, garoto-propaganda da companhia.
Na área das imobiliárias, o movimento era intenso principalmente nas firmas com atuação na zona Leste de São Paulo. A imobiliária Mirante, que tem forte presença na zona Norte, participa pela primeira vez do feirão. "Está atendendo as nossas expectativas", afirma a corretora Áurea Alves. Segundo ela, a empresa estava próxima de concluir a venda de duas casas no feirão, uma de R$ 40 mil, e outra de R$ 200 mil. "A negociação está em andamento."
Compra finalizada
A Superintendente da Regional Penha da Caixa, Cely Mantovani, conta que a maior parte dos negócios é concluída nos quatro ou cinco meses após o feirão. "Muitos negócios são feitos aqui, mas a maior parte só acontece depois, pois as pessoas preferem avaliar a compra do imóvel com calma." Segundo ela, 901 compras foram finalizadas até sexta-feira, no montante de R$ 35,5 milhões, e outras 1.065 transações (R$ 49,5 milhões) estavam em andamento.
A expectativa da instituição é realizar 2.500 negócios até o final do feirão, totalizando R$ 150 milhões. Nos próximos quatro ou cinco meses serão fechados mais 20 mil aquisições decorrentes do feirão, com giro de R$ 1,2 bilhão. A edição de 2006 do feirão registrou 1798 operações (R$ 98,5 milhões) durante o evento e 14.500 vendas (R$ 783 milhões) nos meses seguintes.
"Esse crescimento mostra que o mercado imobiliário está muito aquecido. Isso é reflexo da queda dos juros e da maior facilidade ao crédito", explica Cely. A Caixa reduziu recentemente os juros, de 10,16% para 8,66% ao ano, para o chamado financiamento da faixa especial, que atinge as famílias com renda entre R$ 3,9 mil e R$ 4,9 mil.
Quem não estiver disposto a encarar a maratona no Expo Center Norte, pode obter informações dos imóveis à venda no site www.caixa.gov.br/habitacao/index.asp, inclusive após o término do feirão. Depois de São Paulo, o Feirão da Caixa segue para Salvador (1 a 3 de junho), Belo Horizonte (8 a 10 de junho), Recife (15 a 17 de junho) e Fortaleza (22 a 24 de junho).
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225188/visualizar/
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