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Nacional
Sábado - 26 de Maio de 2007 às 14:34

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A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon manteve presa a diretora comercial da Gautama Maria de Fátima Palmeira, acusada de participar de um esquema de fraude de licitações e pagamento de propina a funcionários públicos. O depoimento da diretora terminou por volta das 13h30, após quase quatro horas.

A ministra decidiu manter Fátima no STJ até o fim do depoimento do dono da Gautama Zuleido Soares de Barros Veras, acusado de ser o chefe do suposto esquema. Eliana começará a ouvir Zuleido daqui após as 14h. O empresário chegou algemado ao STJ pela manhã.

O depoimento da diretora começou ontem. Depois de mais de quatro horas, foi interrompido às 22h40 de sexta-feira e foi retomado às 9h25 deste sábado. A diretora é apontada pela Polícia Federal como o braço direito de Zuleido no comando do suposto esquema e é suspeita de intermediar o pagamento de propina.

A ministra Eliana Calmon havia marcado seis depoimentos para ontem, mas ouviu apenas o funcionário da Gautama Rosevaldo Pereira Melo, que foi liberado depois de conseguir uma liminar, e o diretor da empresa Vicente Vasconcelos, que falou por cerca de 4h30 e voltou para a carceragem da Polícia Federal.

Os depoimentos dos diretores da Gautama Abelardo Sampaio Lopes Filho e Gil Jacó Carvalho Santos e do irmão do dono da empresa, Dimas Soares de Veras, foram transferidos para segunda-feira. O filho de Zuleido, Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, da funcionária Tereza Freire Lima e do administrador Henrique Garcia, marcados para hoje, também foram transferidos para segunda-feira.

Gravações telefônicas e vídeos feitos pela Polícia Federal mostram o presidente e funcionários da Gautama combinando supostos pagamentos de propina para funcionários públicos e políticos que favoreceriam a empresa em licitações.

Outro lado

"É uma injustiça mantê-la presa. Não há nenhum motivo e nenhum pressuposto para a prisão preventiva. Acredito que a ministra vai soltá-la depois do depoimento do Zuleido", disse a advogada Sônia Rao. Ela não quis comentar o depoimento porque o inquérito corre em segredo de justiça.





Fonte: Folha Online

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