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Nacional
Sábado - 26 de Maio de 2007 às 08:32

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O líder do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) no Pará, Roquevan Alves Silva, disse ontem que a reunião realizada pela tarde com representantes do governo federal e da Eletronorte, na sede da estatal em Tucuruí (389 km de Belém), no Pará, foi "positiva".

O encontro foi negociado durante a invasão, ocorrida nas últimas quarta e quinta-feira, por cerca de 150 manifestantes ligados ao MAB, Via Campesina e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) à hidrelétrica, que é a segunda maior do país e tem potência instalada de 4.000 MW.

Segundo Silva, além de ter sido acordada a manutenção de uma outra reunião para a próxima quarta-feira com uma comissão do governo federal para entrega de uma pauta nacional, em Brasília, também foram marcadas audiências nos dias 4, 5 e 6 de junho com representantes da direção da Eletronorte, em Tucuruí.

A reportagem tentou falar com a assessoria da estatal, mas não obteve resposta. O Ministério de Minas e Energia, que enviou um representante ao encontro de ontem em Tucuruí, também foi procurado, mas não ligou de volta.

"Esses encontros já vão servir para desdobramento de nossa pauta de reivindicações", disse Silva.

Os manifestantes reivindicam pagamento de indenização às famílias desalojadas devido à construção da hidrelétrica, há mais de 20 anos. Durante a invasão, eles ameaçavam atear fogo e danificar aparelhos das salas de controle caso as reivindicações não fossem atendidas. Exigiam ainda que ninguém fosse preso em decorrência da invasão.

Os manifestantes começaram a deixar o local na noite de anteontem. A decisão foi acertada após negociações com representantes do Exército enviados ao local por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cerca de 400 soldados cercaram a hidrelétrica.





Fonte: Agência Folha

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