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Governo libanês dá chance a solução política em Nahr al-Bared
BARED, Líbano, 26 mai (AFP) - O governo libanês decidiu dar uma chance a uma solução pacífica no campo de refugiados palestino de Nahr al-Bared, no norte do Líbano, onde combatentes islâmicos cercados pelo exército ainda estavam entrincheirados neste sábado.
Cerca de "10.000 civis, entre eles crianças muito traumatizadas", ainda estão bloqueados no campo, disse em comunicado a agência da ONU para a proteção da infância (Unicef).
Neste sábado, cerca de 40 civis palestinos, entre eles muitas crianças, conseguiram aproveitar a trégua entre os combatentes do Fatah al-Islam e o exército para fugir, apesar dos franco-atiradores, informou um jornalista da AFP.
Em tempo normal, 31.000 pessoas vivem no campo de Nahr al-Bared.
O ministro libanês da Defesa, Elias Murr, havia afirmado na sexta-feira que o governo "dava uma chance às negociações políticas" para acabar com o conflito.
"Se as negociações fracassarem, o comando do exército tomará as providências necessárias", avisou.
Informações da imprensa mencionaram uma mediação de movimentos palestinos.
Na noite de sexta-feira, o chefe do Hezbollah xiita, Hassan Nasrallah, advertiu o governo libanês para as conseqüências de um ataque do campo de refugiados, reiterando no entanto seu apoio ao exército libanês.
Enquanto isso, o exército seguia recebendo reforços no norte do Líbano.
"Não haverá nenhuma indulgência com os assassinos criminosos", avisou o exército, insistindo em que "a única alternativa para eles é respeitar a lei e se entregar à justiça".
De acordo com o ministério da Defesa, o grupo islâmico matou 33 soldados, "27 deles enquanto estavam dormindo em seu quartel".
"Esses terroristas criminosos devem ser entregues à justiça militar", afirmou o exército libanês, que declarou ter detido mais de 30 suspeitos nos arredores do campo de Nahr al-Bared e na região de Trípoli, a grande cidade do norte do Líbano.
No total, 78 pessoas morreram nos combates desde domingo passado, segundo um novo balanço estabelecido pela AFP.
No terreno, a situação estava relativamente calma neste sábado, apesar de trocas de tiros esporádicas entre combatentes islâmicos e os soldados libaneses que cercam o campo. Uma trégua decretada terça-feira permitiu o êxodo de milhares de refugiados.
O Fatah al-Islam é acusado de manter vínculos com a Al-Qaeda e de ser utilizado pelos serviços de inteligência sírios para desestabilizar o Líbano, já abalado por uma grave crise política envolvendo a criação de um tribunal internacional sobre o assassinato, em fevereiro de 2005, do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri.
A Síria, acusada de estar por trás deste assassinato, negou qualquer ligação com o Fatah al-Islam.
Os dirigentes da maioria anti-síria no Líbano acusaram a oposição, apoiada por Damasco e Teerã, de tentar impedir a criação do tribunal internacional.
O Conselho de Segurança da ONU deve votar na quarta-feira um projeto de resolução emendado para permitir a entrada em vigor, em 10 de junho, de uma convenção criando este tribunal.
Cerca de "10.000 civis, entre eles crianças muito traumatizadas", ainda estão bloqueados no campo, disse em comunicado a agência da ONU para a proteção da infância (Unicef).
Neste sábado, cerca de 40 civis palestinos, entre eles muitas crianças, conseguiram aproveitar a trégua entre os combatentes do Fatah al-Islam e o exército para fugir, apesar dos franco-atiradores, informou um jornalista da AFP.
Em tempo normal, 31.000 pessoas vivem no campo de Nahr al-Bared.
O ministro libanês da Defesa, Elias Murr, havia afirmado na sexta-feira que o governo "dava uma chance às negociações políticas" para acabar com o conflito.
"Se as negociações fracassarem, o comando do exército tomará as providências necessárias", avisou.
Informações da imprensa mencionaram uma mediação de movimentos palestinos.
Na noite de sexta-feira, o chefe do Hezbollah xiita, Hassan Nasrallah, advertiu o governo libanês para as conseqüências de um ataque do campo de refugiados, reiterando no entanto seu apoio ao exército libanês.
Enquanto isso, o exército seguia recebendo reforços no norte do Líbano.
"Não haverá nenhuma indulgência com os assassinos criminosos", avisou o exército, insistindo em que "a única alternativa para eles é respeitar a lei e se entregar à justiça".
De acordo com o ministério da Defesa, o grupo islâmico matou 33 soldados, "27 deles enquanto estavam dormindo em seu quartel".
"Esses terroristas criminosos devem ser entregues à justiça militar", afirmou o exército libanês, que declarou ter detido mais de 30 suspeitos nos arredores do campo de Nahr al-Bared e na região de Trípoli, a grande cidade do norte do Líbano.
No total, 78 pessoas morreram nos combates desde domingo passado, segundo um novo balanço estabelecido pela AFP.
No terreno, a situação estava relativamente calma neste sábado, apesar de trocas de tiros esporádicas entre combatentes islâmicos e os soldados libaneses que cercam o campo. Uma trégua decretada terça-feira permitiu o êxodo de milhares de refugiados.
O Fatah al-Islam é acusado de manter vínculos com a Al-Qaeda e de ser utilizado pelos serviços de inteligência sírios para desestabilizar o Líbano, já abalado por uma grave crise política envolvendo a criação de um tribunal internacional sobre o assassinato, em fevereiro de 2005, do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri.
A Síria, acusada de estar por trás deste assassinato, negou qualquer ligação com o Fatah al-Islam.
Os dirigentes da maioria anti-síria no Líbano acusaram a oposição, apoiada por Damasco e Teerã, de tentar impedir a criação do tribunal internacional.
O Conselho de Segurança da ONU deve votar na quarta-feira um projeto de resolução emendado para permitir a entrada em vigor, em 10 de junho, de uma convenção criando este tribunal.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225302/visualizar/
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