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Internacional
Sexta - 25 de Maio de 2007 às 22:27

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O Papa Bento XVI "sabiamente retificou" após ter negado inicialmente "o maior Holocausto registrado na História" contra os indígenas americanos, disse hoje o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.



Chávez lembrou que uma semana atrás pediu ao Pontífice que se desculpasse com os indígenas do continente por "algo que ele disse e que inquietou muitos de nós".

Durante sua visita ao Brasil, no início do mês, Bento XVI afirmou que a catequese da América "não significou em nenhum momento uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha".

Há dois dias, porém, ele ponderou que a "gloriosa" evangelização não pode esquecer "os sofrimentos e as injustiças infligidas pelos colonizadores às povoações indígenas".

"Eu pensei muito e sabia que algum dia tinha que dizer o que disse: que (o Papa) devia pedir desculpas e, embora não as pediu, acho que ele sabiamente retificou", disse o governante.

Chávez insistiu que a declaração de Bento XVI no Brasil "não corresponde à crua realidade do que aconteceu aqui: o maior genocídio, o maior holocausto da História" contra os povos indígenas, submetidos por "os invasores europeus" e "não podemos permitir que ninguém negue".

Depois, o líder venezuelano disse que na América "ocorreu algo muito mais grave que o Holocausto na Segunda Guerra Mundial".

"Nem Sua Santidade pode vir aqui, nossa própria terra, e negar o Holocausto indígena", afirmou. Na ocasião, Chávez pediu ao Pontífice "que peça desculpas aos povos" da América.

"Será por isso que a Igreja Católica a cada dia perde mais fiéis?", questionou Chávez então.





Fonte: EFE

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