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Oposição e aliados criticam métodos de investigação da PF
Em meio às denúncias de corrupção envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), publicadas nesta sexta-feira da revista "Veja", políticos criticaram hoje os métodos de investigação utilizados pela Polícia Federal.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), afirmou que o Brasil corre o risco de recriar um "Estado policial" que se dedique a "perseguir inimigos e proteger corruptos dentro do Governo".
Já o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que renunciou em 2005 por suspeitas de corrupção, preferiu criticar os "excessos" da instituição.
Os vazamentos de informação à imprensa "buscam prisões ilegais, denúncias ineptas e vazias, além do mais puro sensacionalismo e a dolência do espetáculo na TV", disse Dirceu.
Nos últimos anos, a PF contabilizou 350 operações contra a corrupção e deteve 5.841 pessoas, incluindo mil funcionários públicos e 100 policiais, informou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
A Associação Nacional dos Funcionários da Polícia Federal (ANSEF) rejeitou as críticas, e caracterizou-as como "uma tentativa de desqualificação e desmoralização".
"Não é momento para desviar o foco do combate à corrupção", declarou a entidade em pronunciamento.
Após o escândalo da construtora Gautama - que trouxe à tona fraudes nas licitações de obras públicas e levou à renúncia do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau -, o Governo se depara com denúncias envolvendo o dirigente nacional do PMDB e presidente do Senado, Renan Calheiros.
Segundo a última edição da revista "Veja", a construtora Mendes Júnior, uma das maiores empreiteiras do país, pagava o aluguel do apartamento do parlamentar em Brasília, além de uma pensão alimentícia para sua filha de três anos. A reportagem avalia que os pagamentos somavam R$ 16.500 mensais "Nunca recebi nenhum recurso ilícito ou clandestino de nenhuma empresa ou empresário", afirmou Renan Calheiros em nota.
A construtora também negou as denúncias.
"Sobre os pagamentos mencionados, não existe, nem nunca existiu nenhuma participação da Mendes Júnior", informou em comunicado.
As acusações foram recebidas com cautela pelos membros do Congresso, que esperavam pela defesa de Calheiros.
"Ainda é cedo para avaliar o que vai a ocorrer", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
A denúncia também mereceu uma velada crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Pobre quem julgue a uma pessoa por uma notícia", disse Lula, e acrescentou que toda denúncia "deve ter um processo, uma investigação e uma oportunidade para que os acusados dêem explicações".
A imprensa afirmou hoje que Calheiros teria sido vigiado e gravado por agentes da Polícia Federal.
A denúncia contra Calheiros é mais um episódio que abala o Governo Lula, enfraquecido pelo recente escândalo de corrupção detonado pela Operação Navalha da PF. O esquema envolve o dono da construtora Gautama, Zuleido Veras, e funcionários do Governo e de administrações regionais e municipais.
Entre os primeiros 47 presos - alguns já em liberdade - estão um ex-governador, dois prefeitos, assessores de ministérios e parentes de políticos da coalizão governista entre o PMDB e o PT.
Segundo fontes oficiais, o próprio Lula teria pedido nesta quinta-feira a investigação de possíveis "excessos" na operação policial. "Se houve alguma equívoco, algum vazamento, alguma lesão ao direito individual de alguém, isso deve ser corrigido", afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), afirmou que o Brasil corre o risco de recriar um "Estado policial" que se dedique a "perseguir inimigos e proteger corruptos dentro do Governo".
Já o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que renunciou em 2005 por suspeitas de corrupção, preferiu criticar os "excessos" da instituição.
Os vazamentos de informação à imprensa "buscam prisões ilegais, denúncias ineptas e vazias, além do mais puro sensacionalismo e a dolência do espetáculo na TV", disse Dirceu.
Nos últimos anos, a PF contabilizou 350 operações contra a corrupção e deteve 5.841 pessoas, incluindo mil funcionários públicos e 100 policiais, informou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
A Associação Nacional dos Funcionários da Polícia Federal (ANSEF) rejeitou as críticas, e caracterizou-as como "uma tentativa de desqualificação e desmoralização".
"Não é momento para desviar o foco do combate à corrupção", declarou a entidade em pronunciamento.
Após o escândalo da construtora Gautama - que trouxe à tona fraudes nas licitações de obras públicas e levou à renúncia do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau -, o Governo se depara com denúncias envolvendo o dirigente nacional do PMDB e presidente do Senado, Renan Calheiros.
Segundo a última edição da revista "Veja", a construtora Mendes Júnior, uma das maiores empreiteiras do país, pagava o aluguel do apartamento do parlamentar em Brasília, além de uma pensão alimentícia para sua filha de três anos. A reportagem avalia que os pagamentos somavam R$ 16.500 mensais "Nunca recebi nenhum recurso ilícito ou clandestino de nenhuma empresa ou empresário", afirmou Renan Calheiros em nota.
A construtora também negou as denúncias.
"Sobre os pagamentos mencionados, não existe, nem nunca existiu nenhuma participação da Mendes Júnior", informou em comunicado.
As acusações foram recebidas com cautela pelos membros do Congresso, que esperavam pela defesa de Calheiros.
"Ainda é cedo para avaliar o que vai a ocorrer", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
A denúncia também mereceu uma velada crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Pobre quem julgue a uma pessoa por uma notícia", disse Lula, e acrescentou que toda denúncia "deve ter um processo, uma investigação e uma oportunidade para que os acusados dêem explicações".
A imprensa afirmou hoje que Calheiros teria sido vigiado e gravado por agentes da Polícia Federal.
A denúncia contra Calheiros é mais um episódio que abala o Governo Lula, enfraquecido pelo recente escândalo de corrupção detonado pela Operação Navalha da PF. O esquema envolve o dono da construtora Gautama, Zuleido Veras, e funcionários do Governo e de administrações regionais e municipais.
Entre os primeiros 47 presos - alguns já em liberdade - estão um ex-governador, dois prefeitos, assessores de ministérios e parentes de políticos da coalizão governista entre o PMDB e o PT.
Segundo fontes oficiais, o próprio Lula teria pedido nesta quinta-feira a investigação de possíveis "excessos" na operação policial. "Se houve alguma equívoco, algum vazamento, alguma lesão ao direito individual de alguém, isso deve ser corrigido", afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225357/visualizar/
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