Dólar encerra negócios a R$ 1,95
A taxa de risco-país, medida pelo índice Embi+ (banco JP Morgan), cedeu 1,4%, de volta ao nível dos 143 pontos.
O mercado devolveu as variações sobre a taxa de câmbio dos últimos dias, tendo em vista o feriado americano de segunda-feira ("Memorial Day"), o que usualmente esvazia os negócios do mercado brasileiro, que fica sem sua principal referência externa. Operadores lembram que a liquidação das operações no segmento interbancário são liquidadas em 48 horas.
A próxima semana promete ser agitada para os negócios no mercado cambial, com a formação da Ptax (taxa média) na quinta-feira. A Ptax do último dia do mês serve de referência para liquidação dos contratos futuros de dólar na BM&F. Nos dias que antecedem o vencimento, investidores que aplicam recursos na Bolsa de Futuros costumam entrar no mercado à vista para influenciar a formação dos preços do dólar.
A semana que vem também promete refletir as especulações sobre a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para o início de junho. "Mais de 90% do mercado acredita que a redução deve ser de 0,50 ponto percentual, mas tem uma pequena parcela que acredita em um corte mais agressivo", afirma Luiz Carlos, diretor de operações da corretora Fourtrade.
Luiz Carlos nota que economistas de bancos já admitiriam um corte maior --da ordem de 1 ponto percentual-- que seria suficiente para ajustar as taxas de câmbio. "O dólar teria condições de voltar para R$ 2 e o BC poderia retomar os cortes de 0,25 ponto percentual, mas é muito difícil que isso aconteça. Um corte de 0,75 ponto seria ousado demais para o [Henrique] Meirelles [presidente do BC]", acrescenta ele.
Juros futuros
O mercado de juros futuros retomou a sucessão de quedas no último dia útil da semana. O contrato de janeiro de 2008 projetou taxa de 11,36% ante 11,42% na quinta-feira. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada passou de 10,72% para 10,63%. Já no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada cedeu de 10,43% para 10,33%.
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