Está longe de chegar ao fim o embate entre a Prefeitura de Cuiabá e os moradores do Pascoal Ramos sobre a possível transferência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que está sendo construída na região. O prefeito Mauro Mendes (PSB), alegando problemas técnicos, sinalizou que pretende transferir a obra para a avenida das Torres.
Na semana passada, os moradores do Pascoal Ramos reivindicaram a manutenção da UPA no bairro e coletaram mais de 40 mil assinaturas contra a transferência. Ao comentar a manifestação, Mauro reafirmou que a população precisa entender que a UPA pertence a Cuiabá e não ao bairro Pascoal Ramos. “Repito que a UPA não é do Pascoal Ramos. É de Cuiabá e da região sul da cidade. São 2, 5 mil pessoas que moram no bairro e a UPA tem capacidade para atender 250 mil. Temos que dar a devida grandeza às coisas”, sustentou.
Além disso, Mauro também disse que as decisões corretas serão mantidas, mas aquelas equivocadas, serão revertidas. Neste caso, o prefeito se refere à gestão do antecessor Chico Galindo (PTB) que iniciou as obras. “Muito mais que tititi, o que eu puder discutir, vou fazer baseado em argumentos. Nós não estamos falando de um PSF ou postinho de saúde. Nós estamos falando de um mini pronto-socorro que vai atender 250 mil pessoas”, lembrou.
Sobre a alegação dos moradores do Pascoal Ramos, que afirma que a continuidade da construção da UPA foi promessa de campanha, Mauro enfatiza que não lembra de ter prometido nada neste sentido. “Eu não me lembro de ter feito essa promessa, mas naquele momento, eu não conhecia os problemas graves problemas que conheço hoje”, garantiu. Sem recuar, reafirmou que a localização da UPA será definida de acordo com os melhores critérios para Cuiabá.
A polêmica teve início quando o secretário municipal de Saúde, Kamil Fares (PDT) anunciou a possível transferência em entrevista ao RDTV, tv web do portal RDNews. Na oportunidade, ele alegou que o local escolhido por Galindo é pantanoso e apresenta pontos com drenagem de água. O valor da obra atinge o montante de R$ 3,1 milhões, sendo R$ 2,6 milhões do Governo Federal e R$ 560 mil do município. O prazo para finalização venceu há 6 meses e já foram gastos quase 20% do valor total de aditivo.
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