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No Senado, Arthur Virgílio condena ´Estado policialesco´
BRASÍLIA - Os protestos dos parlamentares contra as exorbitâncias da Polícia Federal na Operação Navalha, que investiga o esquema de corrupção nas licitações de obras públicas, saiu dos bastidores e ganhou a tribuna do Senado nesta quinta-feira, 24. Munido de um dossiê que ele julga ser uma cópia censurada do inquérito da PF, entregue anonimamente em sua casa, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), protestou contra a "polícia política" e condenou o "Estado policialesco" que promove "vazamentos políticos, a conta-gotas" de um inquérito que corre em segredo de Justiça.
Ao exibir da tribuna uma cópia do inquérito 544-BA, referente à Operação Navalha, o líder tucano destacou que algumas páginas foram extraídas do documento. Mais grave: vários trechos, com nomes, estavam cobertos por tarja preta. "Não se pode ter um governo que separe ladrão amigo de ladrão inimigo. Ladrão é ladrão", reclamou Virgílio, declarando-se inconformado com as tarjas pretas que, a seu ver, foram usadas para cobrir os nomes dos amigos. "Ou se varre a corrupção, ou não valerá mais a penas participar da vida pública nesta Nação".
Virgílio lembrou que a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, determinou que fossem retirados da peça elementos que não tivessem nada a ver com as investigações. "Mas, então, o que esses nomes e essas informações estavam fazendo lá?", perguntou. Convencido de que o Congresso precisa dispor dessas informações, o líder pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que requisite a peça policial completa, pois a cópia que lhe chegou às mãos - além de falta de páginas e de tarjas pretas - está desfalcada de tomos inteiros.
Vazamento de informações
"Precisamos saber o que essas tarjas pretas encobrem, se estão vazando nomes de desafetos e protegendo outros," argumentou o líder tucano. Ele insistiu que quer saber se a Polícia Federal está disposta a cumprir a lei e a Constituição, a prender corruptos no País todo ou se a intenção é de perseguir desafetos e proteger corruptos dentro do governo. Criticou especialmente o vazamento do nome de Gilmar Mendes, para parecer que se tratava do ministro, de mesmo nome, do Supremo Tribunal Federal, quando sabiam perfeitamente que nada tinha a ver com ele. O objetivo, a seu ver, foi o de atingir o ministro.
Em resposta ao líder, Renan lembrou que, desde o primeiro momento, defendera a tese de que é preciso saber da extensão dos fatos. "Acho que, mais do que nunca, precisamos esclarecer, investigar. Estamos devendo isto ao Brasil", respondeu o presidente da Casa. Além de requisitar os documentos à Justiça, Virgílio defendeu mais uma vez a abertura de uma CPI para investigar o assunto e propôs a abertura der um inquérito ainda mais amplo, como sugerira o senador Pedro Simon (PMDB-RS) no passado.
"Talvez valesse a pena pensarmos em uma investigação mais completa, das empreiteiras", sugeriu o tucano, ao ponderar o Congresso deixou de "ir em cima dos corruptores", como queria Simon ainda nos tempos da CPI do Orçamento. "Vamos fazer a CPI das empreiteiras, para passar tudo a limpo, no Legislativo e no Executivo! Ou somos um Poder abastardado, que vive com o rabo entre as pernas?, provocou.
Ao exibir da tribuna uma cópia do inquérito 544-BA, referente à Operação Navalha, o líder tucano destacou que algumas páginas foram extraídas do documento. Mais grave: vários trechos, com nomes, estavam cobertos por tarja preta. "Não se pode ter um governo que separe ladrão amigo de ladrão inimigo. Ladrão é ladrão", reclamou Virgílio, declarando-se inconformado com as tarjas pretas que, a seu ver, foram usadas para cobrir os nomes dos amigos. "Ou se varre a corrupção, ou não valerá mais a penas participar da vida pública nesta Nação".
Virgílio lembrou que a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, determinou que fossem retirados da peça elementos que não tivessem nada a ver com as investigações. "Mas, então, o que esses nomes e essas informações estavam fazendo lá?", perguntou. Convencido de que o Congresso precisa dispor dessas informações, o líder pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que requisite a peça policial completa, pois a cópia que lhe chegou às mãos - além de falta de páginas e de tarjas pretas - está desfalcada de tomos inteiros.
Vazamento de informações
"Precisamos saber o que essas tarjas pretas encobrem, se estão vazando nomes de desafetos e protegendo outros," argumentou o líder tucano. Ele insistiu que quer saber se a Polícia Federal está disposta a cumprir a lei e a Constituição, a prender corruptos no País todo ou se a intenção é de perseguir desafetos e proteger corruptos dentro do governo. Criticou especialmente o vazamento do nome de Gilmar Mendes, para parecer que se tratava do ministro, de mesmo nome, do Supremo Tribunal Federal, quando sabiam perfeitamente que nada tinha a ver com ele. O objetivo, a seu ver, foi o de atingir o ministro.
Em resposta ao líder, Renan lembrou que, desde o primeiro momento, defendera a tese de que é preciso saber da extensão dos fatos. "Acho que, mais do que nunca, precisamos esclarecer, investigar. Estamos devendo isto ao Brasil", respondeu o presidente da Casa. Além de requisitar os documentos à Justiça, Virgílio defendeu mais uma vez a abertura de uma CPI para investigar o assunto e propôs a abertura der um inquérito ainda mais amplo, como sugerira o senador Pedro Simon (PMDB-RS) no passado.
"Talvez valesse a pena pensarmos em uma investigação mais completa, das empreiteiras", sugeriu o tucano, ao ponderar o Congresso deixou de "ir em cima dos corruptores", como queria Simon ainda nos tempos da CPI do Orçamento. "Vamos fazer a CPI das empreiteiras, para passar tudo a limpo, no Legislativo e no Executivo! Ou somos um Poder abastardado, que vive com o rabo entre as pernas?, provocou.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225548/visualizar/
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