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Internacional
Quinta - 24 de Maio de 2007 às 19:59

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, previu na quinta-feira um verão sangrento para tropas norte-americanas e civis no Iraque, dizendo esperar que insurgentes e a Al Qaeda ampliem seus ataques para tentar influenciar o debate sobre até quando os EUA vão manter a ocupação militar.

Apesar do acréscimo de dezenas de milhares de soldados dos EUA e do Iraque, como parte de uma ofensiva de segurança em Bagdá e outras áreas, a violência prossegue.

Na quinta-feira, um militante suicida lançou um carro-bomba contra um cortejo fúnebre em Falluja, a oeste da capital, matando 27 pessoas. Em Bagdá, homens armados mataram todos os 11 ocupantes de um microônibus no bairro xiita de Husseiniya, e depois colocaram bombas que explodiram à chegada da polícia, matando mais duas pessoas.

Bush disse esperar "pesados combates nas semanas e meses" pela frente. "O que eles vão tentar fazer é matar o máximo de inocentes que eles puderem para tentar influenciar o debate aqui (nos EUA)", afirmou.

Questionado em entrevista coletiva na quinta-feira nos jardins da Casa Branca sobre quanto tempo seria possível manter sua estratégia sem progressos significativos, Bush lembrou que o comandante dos EUA no Iraque, general David Petraeus, deve apresentar na segunda quinzena de setembro um relatório sobre os efeitos da atual operação.

O secretário de Defesa Robert Gates disse posteriormente prever mais violência nos próximos três meses devido ao que ele qualificou de "inimigo inteligente, ágil e que pensa".

"Eles sabem o que está acontecendo neste país, e acho que deveríamos estar preparados para que eles façam um enorme esforço para aumentar o nível de violência em julho e agosto. Minha esperança é que prever isso nos permita impedir."

As previsões de mais violência surgem num momento em que a avaliação dos norte-americanos sobre a guerra nunca foi tão ruim, segundo pesquisa CBS News/New York Times. Para 76 por cento dos entrevistados, a guerra está indo mal ou muito mal para os EUA.

Só 20 por cento disseram que o recente aumento das tropas está tendo um impacto positivo, e apenas 23 por cento aprovam a forma como Bush comanda a guerra. Sua aprovação geral como presidente foi de 30 por cento.





Fonte: Reuters

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