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Nacional
Quinta - 24 de Maio de 2007 às 10:30

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Os trabalhos de oitiva no Superior Tribunal de Justiça (STJ) relativos à Operação Navalha começaram esta quinta-feira com mais uma recusa de depoimento, a de Francisco de Paula Lima Júnior, sobrinho do governador do Maranhão, Jackson Lago. Foi a postura adotada ontem por outro sobrinho do governador, Alexandre Lago, defendido pelo mesmo advogado de Francisco de Paula. Em função disso, a ministra do STJ Eliana Calmon, condutora dos depoimentos, manteve ambos presos na Polícia Federal, em Brasília.

Os sobrinhos de Jackson Lago foram, até agora, os únicos que se negaram a falar no STJ. Todos os acusados ouvidos prestaram depoimentos e tiveram prisão revogada pela ministra Eliana Calmon, que entendeu haver materiais suficientes para liberar os indiciados - inclusive as buscas e apreensões feitas antes das oitivas.

Ainda estão previstos para esta quinta-feira os depoimentos de Sebastião José Pinheiro Franco, fiscal de obras no estado do Maranhão, e quatro empregados da empresa Gautama, incluindo Florêncio Brito Vieira, o funcionário de Salvador (BA) que levou o dinheiro de propina (R$ 100 mil) para o Ministério de Minas e Energia, episódio que causou a demissão do ministro Silas Rondeau.

Florêncio é acusado de fazer viagens de avião transportando dinheiro para pagar as propinas devidas pela empresa. Além desse empregado, irão depor Humberto Rios de Oliveira, Ricardo Magalhães da Silva e Bolívar Ribeiro Saback.

Quarta-feira

O funcionário da construtora Gautama Flávio Henrique Abdelnur Candellot foi o último a ser ouvido nesta quarta-feira pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon. Seu depoimento terminou por volta das 22h30 e logo após ele foi solto pela ministra.

Ao todo, das 48 pessoas que foram presas pela Polícia Federal na Operação Navalha, 30 estão soltas por liminar ou habeas-corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ou ainda pelas revogações de prisão decretadas pela ministra Eliana Calmon.

Dos sete convocados para depor nesta quarta-feira, a ministra colheu depoimentos de apenas seis. Alexandre Maia Lago, sobrinho do governador do estado do Maranhão Jackson Lago, se recusou a prestar informações. Por esta razão, sua prisão foi mantida. O advogado de defesa entrou com pedido de revogação de prisão, e a ministra decidiu ouvir a manifestação do Ministério Público Federal antes de analisar o pedido.

Eliana Calmon adiou o depoimento da diretora da Gautama Maria de Fátima Palmeira para sexta-feira. A diretora é acusada de ter levado dinheiro de propina ao Ministério de Minas e Energia no episódio que acarretou a demissão do ministro Silas Rondeau da pasta de Minas e Energia. O PMDB já indicou substitutos para o ex-ministro e o Planalto confirmou que o próximo a ocupar o posto também será do partido.

O depoimento de Pedro Passos estava marcado para ser o primeiro de ontem, mas com a revogação de sua prisão, a ministra Eliana Calmon retirou o nome do parlamentar da lista de depoentes. Como em liberdade o deputado não é obrigado a apresentar sua versão ao STJ, a ministra não espera contar com o depoimento do parlamentar.

Os outros três investigados beneficiados por habeas-corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes foram o prefeito de Camaçari, na Bahia, Luiz Carlos Caetano, o diretor do Detran de Alagoas, Marcio Fidelson Menezes Gomes, e o lobista José Edson Vasconcelo Fontenelle.

Também foi ouvido ontem o presidente afastado do Banco de Brasília, Roberto Figueiredo Guimarães, que já estava em liberdade desde o último domingo, beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes.





Fonte: Úlitmo Segundo

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