PF apura esquema da Gautama dentro da própria PF
Por meio do ex-superintendente da PF na Bahia Joel Almeida de Lima e do advogado e lobista Francisco Catelino, Zuleido teria criado uma rede de amigos importantes na polícia. Desses contatos a quadrilha obteria informações sigilosas, chegando a marcar data e local para depoimentos, e receberia orientação de como se posicionar durante uma investigação.
Curiosamente, foi a PF um dos órgãos públicos que alimentaram o crescimento da Gautama. A empreiteira recebeu da corporação cerca de R$ 70 milhões para construir seus prédios em Brasília e São Paulo.
O relatório parcial da Operação Navalha diz que foram identificadas ligações entre um grupo de empresários especializados em fraudar licitações e policiais, apontando “indícios de prática de crimes de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e prevaricação”. A lista envolve nomes de peso na PF, como os dos então superintendentes no Ceará, João Batista Paiva Santana, em Sergipe, Rubem Patury, e na Bahia, Paulo Bezerra, atual secretário de Segurança do Estado, assim como o do delegado regional Antônio Cesar Nunes, hoje superintendente na Bahia. Procurados ontem, eles não foram localizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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