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Nacional
Quinta - 24 de Maio de 2007 às 00:47

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O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acusou ontem a Polícia Federal de tentar intimidá-lo ao divulgar informações que segundo ele são falsas de que teria recebido presentes da construtora Gautama. Mendes cobrou providências do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e disse para ambos que o fato é extremamente grave e uma "canalhice".

Mendes chegou a anunciar a Tarso Genro que faria uma representação. Ele afirmou que a Polícia Federal usa métodos fascistas e que há uma cultura totalitária. "Se se pedir prisão preventiva tem de ser decretada em massa. Ninguém pode conceder liminar em habeas corpus. É uma lógica totalitária", declarou o ministro, visivelmente irritado. Segundo Mendes, "as pessoas estão com medo desse tipo de método, que é fascista". Ele disse que há uma estratégia de marketing de valorizar o trabalho da Polícia Federal e depreciar o da Justiça. Ele observou que quem manda prender e soltar é o Judiciário. Mendes afirmou ainda que existe uma tentativa de intimidar a Justiça, mas que, com isso, os cidadãos ficam inseguros.

O vice do Supremo criticou o fato de o conteúdo do inquérito, que é sigiloso, ter sido divulgado para a imprensa. Segundo Mendes, Tarso Genro tem de responder pelo vazamento. "Isso é responsabilidade dele", afirmou. Mendes foi indagado por jornalistas sobre o fato de ter divulgado minutos antes o conteúdo da transcrição de uma conversa gravada pela Operação Navalha na qual havia uma menção a um Gilmar Mendes, que ele argumenta que seria seu homônimo. "É um cinismo perguntar isso nesse quadro", disse.





Fonte: AE

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