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Terça - 16 de Abril de 2013 às 08:27

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Só no início de 2012, foram 130 vítimas e a morte de 89 pessoas no estado. Igual a 10% dos óbitos relacionados a descargas elétricas em todo o mundo.

 
 
A confirmação de que Mato Grosso continua registrando alta incidência de raios e que Cuiabá está entre as cinco cidades com o maior número de ocorrências, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), repercutiu na Assembleia Legislativa.

 
 
A Comissão de Segurança Pública e Comunitária começou a analisar a viabilidade da instalação de sistema de para-raios nas instituições de ensino do estado. A medida está no Projeto de Lei nº 67/2013, do deputado Wagner Ramos (PR). Números recentes divulgados pelo instituto revelam que, somente entre janeiro e março de 2012, foram registradas 437.809 quedas de raios em diversos pontos do estado provocando 130 vítimas e a morte de 89 pessoas – o equivalente a cerca de 10% dos óbitos relacionados a descargas elétricas em todo o mundo.

 
 
A principal atividade dos para-raios é interceptar essas correntes elétricas atmosféricas que surgem em forma de raio e as conduzir de maneira segura para o solo. Ainda segundo o Inpe, 80% das mortes por essas descargas poderiam ter sido evitadas no Brasil se a população tivesse mais informação. Segundo Wagner Ramos, esse é um dado de extrema relevância, mas precisamos de cuidados adicionais nas escolas como atenção além da informação.



 
“Lá, estão nossas crianças e nossos adolescentes, e necessitamos de estrutura que também funcione como um abrigo seguro. Cabe a nós, enquanto cidadãos, pais, autoridades, suprir essa necessidade por aqueles que são o futuro do nosso país”, disse o parlamentar republicano justificando o PL 67/2013.

 
 
As duas vítimas fatais mais recentes de que se tem conhecimento em Mato Grosso foram atingidas por um raio no dia 27 de dezembro do ano passado, em Tangará da Serra (médio norte, a 242km da capital). Carlos Perez e Leandro Aparecido da Silva jogavam bola com grupo de amigos em um campo de futebol sob forte chuva.

 
 
Há mais de dez anos, o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe – ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vem executando com parceiros projetos de pesquisa e desenvolvimento para monitoramento, análise e previsão de tempestades e de descargas atmosféricas.

 
 
A expectativa é estender a rede de detecção de raios e tempestades severas (BrasilDAT) para todas as regiões brasileiras até 2014. A previsão é que essa cobertura já esteja concluída no centro-oeste e no nordeste até julho próximo.





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