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Cidades/Geral
Quarta - 23 de Maio de 2007 às 13:57

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, voltou a defender o fim das emendas parlamentares individuais "como forma de "sufocar" os esquema de corrupção que têm se alastrado pelo país". Para Faiad, os casos descobertos agora envolvendo a empreiteira Gautama, a exemplo do que aconteceu na Operação Sanguessuga, tem origem na liberação de verbas colocadas no Orçamento. "Com certeza, o fim desse expediente vai ajudar em muito a cortar esse mal que assola o Brasil", argumentou Faiad.

No escândalo dos sanguessugas, Faiad já havia indicado a necessidade de acabar com as emendas parlamentares. "Obras de interesse da sociedade não deveriam passar pelo crivo político, mas da necessidade baseada no respeito ao dinheiro público". Ele complementa afirmando que a participação política no processo de elaboração do Orçamento é indispensável. "Com o fim das emendas parlamentares, haveria uma discussão de bancada, com todos participando numa espécie de foro aberto para decidir quais obras seriam importantes e lutar, em conjunto, pelo dinheiro" – explicou.

Faiad explica que o Orçamento Federal não poderia ser do tamanho que é. Ele defende a transferência do poder financeiro para estados e municípios. "É muito mais fácil exercer o controle sobre as verbas públicas nos estados e nos municípios", salientou, ao destacar que a União exerce o poder político em função do caixa que dispõe. "As verbas federais precisam ser descentralizadas gradativamente", concluiu.





Fonte: RMT-Online

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