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Cidades/Geral
Quarta - 23 de Maio de 2007 às 13:23
Por: Fabíola Tormes

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Uma ação de aproximadamente oito advogados de Tangará da Serra, que se sentem prejudicados com o trabalho do Promotor de Justiça, Vinicius Gahyva Martins, encaminharam a subseção da Ordem dos Advogados de Brasil (OAB) de Tangará da Serra, uma documentação alegando a impossibilidade de atuarem em processos com a participação do representante do Ministério Público.

De acordo com o presidente da Subseção da OAB, James Leonardo Ávila, este movimento foi uma iniciativa de alguns advogados que se sentem prejudicados em trabalhar com representante do Ministério Público, o promotor Vinicius Gahyva e não da diretoria da Ordem. “Na semana passada, aproximadamente oito advogados procuraram a diretoria da OAB, alegando que é impossível trabalhar em processos em que o promotor Vinicius atua. E, nessa conversa, os advogados entregaram uma documentação, comprovando os problemas”, explicou, ressaltando ainda que a documentação foi encaminhada na tarde de ontem ao diretor do Fórum, juiz de direito Jamilson Haddad Campos, por indicação do próprio presidente da OAB/MT, Francisco Faiad. “Por indicação do próprio Faiad, essa documentação ainda será encaminhada para OAB Estadual e Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso”.

Ávila disse ainda que o problema ressaltado através dos advogados tangaraenses trata-se estritamente do promotor Vinicius Gahyva, e não com o Ministério Público. “A OAB respeita e acha imprescindível a atuação do Ministério Público, para o bom funcionamento da justiça, contudo, em casos isolados, os membros da OAB de Tangará não irão atuar em processos onde ele [Vinicius] figura”.

Ainda ontem a decisão foi encaminhada ao diretor do Fórum de Tangará da Serra, juiz de direito Jamilson Haddad Campos e hoje será encaminhada para a OAB em Mato Grosso.

ALEGAÇÕES – Das alegações tratadas no documento, Ávila destaca que os advogados e seus clientes se sentem pressionados; que o representante do Ministério Público se utiliza da mídia para discutir os feitos e manipular dados processuais; receio de sofrer escutas clandestinas, baseados na denúncia da juíza Wandinelma Santos; abuso de poder, como os acontecimentos da ´Casa da Criança´ e ´Caso Flávia´; situações constrangedoras na delegacia; brigas processuais com a magistratura local; entre outros problemas que estão prejudicando o clima e o ritmo de trabalho no município.

“Em razão disso eles disseram que não irão participar de nenhum ato envolvendo o representante do Ministério Público, o promotor de justiça Vinicius Gahyva Martins, pois se sentem ameaçados no exercício da profissão, bem como seus clientes”, disse.

Assim, em casos que houver a representação do promotor de justiça citado e dos advogados que alegaram prejuízo, de acordo com o presidente da subseção da OAB de Tangará, só haverá duas saídas. “Ou faz-se a substituição do advogado ou promotor”, explica.

“Esta é uma situação drástica. Eu acredito que teria que sentar as três instituições (OAB, Promotoria e Magistrados), discutir e chegar a uma solução, pois esta começando a prejudicar a sociedade”, finaliza o presidente da subseção da Ordem no município.

PROMOTOR DE JUSTIÇA – Sobre a situação alegada pelos advogados, a redação do DS procurou o promotor de justiça Vinicius Gahyva Martins, mas o mesmo não se encontra no município, por problemas de saúde na família.

Com relação a medida que será tomada pela OAB Estadual, Ávila disse acreditar que esta entrará com uma representação disciplinar contra este membro do Ministério Público.





Fonte: Diário da Serra

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