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Nacional
Quarta - 23 de Maio de 2007 às 12:25

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O inquérito da Polícia Federal de Mato Grosso sobre a tragédia do vôo 1907 da Gol, na qual morreram 154 pessoas, não deixa dúvidas: os controladores do centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1) receberam três avisos de que o jato Legacy voava fora da altitude prevista e não tomaram providências para evitar o choque com o Boeing da Gol. Além do indiciamentos dos pilotos americanos Joe Lepore e Jan Paul Paladino, a investigação também aponta 'conduta culposa' de quatro sargentos controladores envolvidos diretamente no monitoramento do jato.

No relatório de 41 páginas, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, o delegado Renato Sayão Dias assinala que os controladores "deixaram de aplicar as regras do ar". O primeiro a falhar, segundo a PF, foi o sargento João Batista da Silva. Funcionário da torre de São José dos Campos, foi ele quem transmitiu a autorização de vôo aos pilotos do Legacy, sem mencionar os diferentes níveis ao longo do percurso.

Os sargentos Leandro José Santos de Barros, Jomarcelo Fernandes dos Santos e Lucivando Tibúrcio de Alencar, todos do Cindacta-1, também são citados. Na visão dos policiais federais, esses controladores infringiram itens do ICA 100-12 - norma aeronáutica - e tiveram condutas inadequadas diante do problema. Para comprovar a responsabilidade dos militares, a PF anexou ao relatório final as imagens do radar feitas momentos antes da colisão - as mesmas divulgadas pela Aeronáutica no sábado.





Fonte: Agência Estado

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