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Internacional
Quarta - 23 de Maio de 2007 às 05:50

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O empresário russo Boris Berezovsky afirmou hoje que a vida do ex-agente Andrei Lugovoi pode estar correndo perigo na Rússia, agora que ele foi acusado pela Promotoria britânica de ter assassinado o ex-espião Alexander Litvinenko.

Em declarações hoje à "Rádio 4" da rede britânica "BBC", Berezovsky, exilado em Londres e crítico do presidente russo, Vladimir Putin, disse ter certeza de que Lugovoi nunca será processado no Reino Unido.

O empresário afirmou não ter dúvidas de que Putin esteve diretamente envolvido na morte de Litvinenko. O ex-espião morreu em Londres, no dia 23 de novembro de 2006, vítima de uma alta dose da substância radioativa polônio-210.

"É impossível produzir e transportar polônio sem apoio estatal.

Não pode acontecer sem participação pessoal de Putin. Foi isso que Alexander me disse no hospital", disse.

"Por isso, Lugovoi nunca será extraditado ao Reino Unido. Mas acho que a vida dele está em perigo, porque é a forma totalmente típica da KGB de resolver o problema: matar a testemunha", opinou.

A Promotoria da Coroa britânica (CPS, sigla em inglês) anunciou ontem que há provas suficientes para acusar o empresário e ex-espião russo Andrei Lugovoi pela morte de Litvinenko.

O Governo disse que espera a "plena cooperação" da Rússia para que Lugovoi seja extraditado.

Litvinenko, que foi espião do Serviço Federal de Segurança russo (antiga KGB), morreu no ano passado no hospital University College, de Londres, após quase um mês de agonia. Ele havia ficado doente em 1 de novembro de 2006, quando se reuniu com Lugovoi no hotel Millennium, na capital britânica, onde tomou uma xícara de chá que supostamente continha polônio-210.

Em carta publicada após a sua morte, Litvinenko disse que o Kremlin estava por trás de seu assassinato. Ele havia acusado os serviços secretos russos de causar uma série de explosões num edifício de Moscou, em 1999, para ajudar a Putin a chegar à Presidência.





Fonte: EFE

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