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Perspectiva energética preocupa indústria do alumínio no Brasil
Grandes produtores de alumínio do Brasil se disseram cada vez mais preocupados na terça-feira com a possibilidade de uma desaceleração devido à expansão insuficiente da geração hidrelétrica no país.
O setor brasileiro do alumínio, que inclui multinacionais como Alcoa e BHP Billiton, produziu 1,6 milhão de toneladas em 2006, alta de 7% sobre 2005.
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), subsidiária do Grupo Votorantim, e outras empresas ainda planejam modestos investimentos para ampliar sua capacidade de produzir alumínio e gerar energia. Mas a demora nas autorizações ambientais impede o andamento desses planos.
"Ainda estou otimista com a expansão no setor de alumínio no Brasil", disse Antônio Ermírio de Moraes, presidente da CBA. "Ele tem de continuar a crescer para manter o ritmo da economia, mas falta competência e coragem ao governo para criar as condições para que o setor cresça."
A indústria de alumínio usa muita energia. A CBA adquiriu equipamentos para o seu projeto hidrelétrico de Tijuca Alta há sete anos, mas não conseguiu iniciar as obras por falta de autorização do Ibama.
O projeto deveria ter sido objeto de uma audiência pública na semana passada, na última fase antes da autorização, mas o Ibama entrou em greve e a audiência foi cancelada.
O presidente Luiz Inácio Lua da Silva determinou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dividisse o Ibama em dois órgãos separados. O Instituto Chico Mendes cuidará da conservação. O outro, que continua se chamando Ibama, vai focar no licenciamento ambiental para grandes obras, como hidrelétricas.
A esperança é de que o novo órgão regulador esteja mais sintonizado com a necessidade de um acelerado crescimento econômico no Brasil, o que por sua vez depende de um aumento significativo na geração energética nos próximos cinco anos.
Em 2001, um racionamento de energia provocado pela seca no Sudeste, forçou as indústrias a cortarem seu consumo em 20 por cento, o que chegou a provocar uma breve recessão no país.
"Estamos alertando o governo há algum tempo", disse Adjarma Azevedo, diretor da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). "Não há uma nova capacidade de geração hidrelétrica suficiente entrando em funcionamento para manter o crescimento."
A CBA produz cerca de 50% da energia que usa, por meio de uma série de usinas hidrelétricas próprias, mas o setor como um todo produz apenas 25% da energia de que necessita.
"O setor de alumínio tem vários projetos hidrelétricos, mas eles não fazem sentido economicamente a esta altura porque o governo cobra um ágio nos projetos de auto-geração destinados a atender ao produtor", disse Azevedo.
Segundo ele, a Abrace está conversando com autoridades para tentar convencê-las de que isso impede investimentos na capacidade geradora.
Lula afirmou recentemente que, se o Brasil não conseguir construir hidrelétricas suficientes, vai recorrer a outras fontes, como a energia nuclear.
Mas a energia hidrelétrica é a única que faz o alumínio brasileiro ser competitivo. "Só para lhe dar um exemplo, um megawatt-hora de energia de diesel custa R$ 600, enquanto o mesmo megawatt-hora de hidrelétricas custa R$ 116", disse Azevedo.
O setor brasileiro do alumínio, que inclui multinacionais como Alcoa e BHP Billiton, produziu 1,6 milhão de toneladas em 2006, alta de 7% sobre 2005.
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), subsidiária do Grupo Votorantim, e outras empresas ainda planejam modestos investimentos para ampliar sua capacidade de produzir alumínio e gerar energia. Mas a demora nas autorizações ambientais impede o andamento desses planos.
"Ainda estou otimista com a expansão no setor de alumínio no Brasil", disse Antônio Ermírio de Moraes, presidente da CBA. "Ele tem de continuar a crescer para manter o ritmo da economia, mas falta competência e coragem ao governo para criar as condições para que o setor cresça."
A indústria de alumínio usa muita energia. A CBA adquiriu equipamentos para o seu projeto hidrelétrico de Tijuca Alta há sete anos, mas não conseguiu iniciar as obras por falta de autorização do Ibama.
O projeto deveria ter sido objeto de uma audiência pública na semana passada, na última fase antes da autorização, mas o Ibama entrou em greve e a audiência foi cancelada.
O presidente Luiz Inácio Lua da Silva determinou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dividisse o Ibama em dois órgãos separados. O Instituto Chico Mendes cuidará da conservação. O outro, que continua se chamando Ibama, vai focar no licenciamento ambiental para grandes obras, como hidrelétricas.
A esperança é de que o novo órgão regulador esteja mais sintonizado com a necessidade de um acelerado crescimento econômico no Brasil, o que por sua vez depende de um aumento significativo na geração energética nos próximos cinco anos.
Em 2001, um racionamento de energia provocado pela seca no Sudeste, forçou as indústrias a cortarem seu consumo em 20 por cento, o que chegou a provocar uma breve recessão no país.
"Estamos alertando o governo há algum tempo", disse Adjarma Azevedo, diretor da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). "Não há uma nova capacidade de geração hidrelétrica suficiente entrando em funcionamento para manter o crescimento."
A CBA produz cerca de 50% da energia que usa, por meio de uma série de usinas hidrelétricas próprias, mas o setor como um todo produz apenas 25% da energia de que necessita.
"O setor de alumínio tem vários projetos hidrelétricos, mas eles não fazem sentido economicamente a esta altura porque o governo cobra um ágio nos projetos de auto-geração destinados a atender ao produtor", disse Azevedo.
Segundo ele, a Abrace está conversando com autoridades para tentar convencê-las de que isso impede investimentos na capacidade geradora.
Lula afirmou recentemente que, se o Brasil não conseguir construir hidrelétricas suficientes, vai recorrer a outras fontes, como a energia nuclear.
Mas a energia hidrelétrica é a única que faz o alumínio brasileiro ser competitivo. "Só para lhe dar um exemplo, um megawatt-hora de energia de diesel custa R$ 600, enquanto o mesmo megawatt-hora de hidrelétricas custa R$ 116", disse Azevedo.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225917/visualizar/
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